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21/03/2004
-
03h46
enviado especial da Folha de S.Paulo a Natal
Experiências inovadoras que ajudam a reduzir mortalidade e melhoram a qualidade de atendimento de pacientes na rede pública de saúde estão sendo mostradas no 20º Congresso Nacional dos Secretários Municipais de Saúde, Conasems, que acontece em Natal (RN).
Em Sobral, onde é secretário de Saúde o atual presidente do Conasems, Luiz Odorico Monteiro de Andrade, já funciona uma escola para a formação de profissionais para o Programa Saúde da Família (PSF). É ali que foram feitos dois treinamentos com 250 rezadeiras --ou benzedeiras-- cadastradas no serviço de saúde, além de cerca de 60 responsáveis por terreiros de umbanda.
"O importante é não estabelecer uma competição entre o sistema de saúde e as rezadeiras", diz Andrade. "Elas aprendem, por exemplo, a reconhecer manchas que podem ser de hanseníase, e encaminham o paciente ao posto de saúde. Também fazem isso quando recebem uma criança que acreditam não poder tratar."
Em Maranguape, também no Ceará, várias rezadeiras foram treinadas para fazer o acolhimento dos pacientes nos postos de saúde do município.
Não há, no país, uma estimativa de quantas mulheres atuam como rezadeiras. Em algumas regiões, elas foram treinadas para serem também agentes de saúde, mas a tentativa não deu certo.
Em algumas localidades, elas se assumem contra a medicina e sugerem aos pacientes que deixem de tomar os medicamentos. Luiz Felipe Guimarães, vice-presidente do Conasems, diz que em Águas Formosas (MG), a maioria dos moradores mostrava a receita médica para a benzedeira antes de decidir se tomava ou não o remédio indicado pelo médico.
Com a presença do SUS (Sistema Único de Saúde) em todos os municípios e com o PSF, o choque entre rezadeiras e medicina vem diminuindo.
o jornalista AURELIANO BIANCARELLI viajou a convite do Conasems
Programa treina 250 rezadeiras no Ceará
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Experiências inovadoras que ajudam a reduzir mortalidade e melhoram a qualidade de atendimento de pacientes na rede pública de saúde estão sendo mostradas no 20º Congresso Nacional dos Secretários Municipais de Saúde, Conasems, que acontece em Natal (RN).
Em Sobral, onde é secretário de Saúde o atual presidente do Conasems, Luiz Odorico Monteiro de Andrade, já funciona uma escola para a formação de profissionais para o Programa Saúde da Família (PSF). É ali que foram feitos dois treinamentos com 250 rezadeiras --ou benzedeiras-- cadastradas no serviço de saúde, além de cerca de 60 responsáveis por terreiros de umbanda.
"O importante é não estabelecer uma competição entre o sistema de saúde e as rezadeiras", diz Andrade. "Elas aprendem, por exemplo, a reconhecer manchas que podem ser de hanseníase, e encaminham o paciente ao posto de saúde. Também fazem isso quando recebem uma criança que acreditam não poder tratar."
Em Maranguape, também no Ceará, várias rezadeiras foram treinadas para fazer o acolhimento dos pacientes nos postos de saúde do município.
Não há, no país, uma estimativa de quantas mulheres atuam como rezadeiras. Em algumas regiões, elas foram treinadas para serem também agentes de saúde, mas a tentativa não deu certo.
Em algumas localidades, elas se assumem contra a medicina e sugerem aos pacientes que deixem de tomar os medicamentos. Luiz Felipe Guimarães, vice-presidente do Conasems, diz que em Águas Formosas (MG), a maioria dos moradores mostrava a receita médica para a benzedeira antes de decidir se tomava ou não o remédio indicado pelo médico.
Com a presença do SUS (Sistema Único de Saúde) em todos os municípios e com o PSF, o choque entre rezadeiras e medicina vem diminuindo.
o jornalista AURELIANO BIANCARELLI viajou a convite do Conasems
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