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23/03/2004
-
17h27
da Folha Online
Policiais federais em greve e governo não conseguiram chegar a um acordo na reunião entre as duas partes que aconteceu hoje, em Brasília. O governo ofereceu aos grevistas um reajuste de 10%, que desagradou aos policiais federais.
"Nem se fosse oferecido um aumento de 100%, nós aceitaríamos. Não queremos aumento, queremos o cumprimento da lei", declarou o presidente da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), Francisco Garisto.
Garisto reafirmou a reivindicação de agentes, escrivães e papiloscopistas (especialistas em impressões digitais), em greve desde o dia 9, que pedem o pagamento de salário equivalente a escolaridade de nível superior para as categorias em greve, com base na lei 9.266/96 que tornou obrigatório o terceiro grau para ingressar na PF. Assim, um agente e um delegado ganhariam o mesmo.
O Ministério da Justiça alega que não há base jurídica para o pleito, uma vez que a lei, ao mesmo tempo que impõe a obrigatoriedade de um curso superior, estabelece uma tabela específica para os vencimentos.
O ministério diz ainda que agentes, escrivães e papiloscopistas teriam o salário elevado de R$ 4.199 para R$ 7.788, equiparando-se aos delegados, o que representaria um impacto de cerca de R$ 600 milhões anuais na folha da União.
Já a Federação afirma que os agentes nunca ganharão o mesmo que seus superiores por causa da diferença de comissão. Os delegados ganham 30% por Indenização de Habilitação de Policial Federal. O restante recebe 10%.
"Operação padrão"
Os policiais federais retomaram nesta terça-feira a "operação padrão" iniciada no dia 9, que fora interrompida na última quarta-feira. Segundo a Fenapef, durante o período de "trégua", o governo não apresentou nenhuma proposta aos grevistas.
No meio da tarde, já havia problemas de filas nos principais aeroportos do país em que há vôos internacionais. A tendência é que o problema só piore, já que a maior parte desses vôos sai dos aeroportos a partir do final da tarde.
A Fenapef anunciou também que, depois que a operação estiver "estruturada" nos vôos internacionais, será estendida ao vôos nacionais. Segundo Garisto, até o fim da tarde todos os portos e aeroportos do país devem obedecer à "operação padrão".
De acordo com Sérgio Sérvulo, chefe de gabinete do Ministério da Justiça, para diminuir o impacto da greve serão criados "grupos-tarefa" que prestarão os mesmos serviços da PF. Ele disse que esses grupos serão formados por outros servidores públicos.
Com Agência Brasil
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Policiais federais em greve e governo não conseguiram chegar a um acordo na reunião entre as duas partes que aconteceu hoje, em Brasília. O governo ofereceu aos grevistas um reajuste de 10%, que desagradou aos policiais federais.
"Nem se fosse oferecido um aumento de 100%, nós aceitaríamos. Não queremos aumento, queremos o cumprimento da lei", declarou o presidente da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), Francisco Garisto.
Garisto reafirmou a reivindicação de agentes, escrivães e papiloscopistas (especialistas em impressões digitais), em greve desde o dia 9, que pedem o pagamento de salário equivalente a escolaridade de nível superior para as categorias em greve, com base na lei 9.266/96 que tornou obrigatório o terceiro grau para ingressar na PF. Assim, um agente e um delegado ganhariam o mesmo.
O Ministério da Justiça alega que não há base jurídica para o pleito, uma vez que a lei, ao mesmo tempo que impõe a obrigatoriedade de um curso superior, estabelece uma tabela específica para os vencimentos.
O ministério diz ainda que agentes, escrivães e papiloscopistas teriam o salário elevado de R$ 4.199 para R$ 7.788, equiparando-se aos delegados, o que representaria um impacto de cerca de R$ 600 milhões anuais na folha da União.
Já a Federação afirma que os agentes nunca ganharão o mesmo que seus superiores por causa da diferença de comissão. Os delegados ganham 30% por Indenização de Habilitação de Policial Federal. O restante recebe 10%.
"Operação padrão"
Os policiais federais retomaram nesta terça-feira a "operação padrão" iniciada no dia 9, que fora interrompida na última quarta-feira. Segundo a Fenapef, durante o período de "trégua", o governo não apresentou nenhuma proposta aos grevistas.
No meio da tarde, já havia problemas de filas nos principais aeroportos do país em que há vôos internacionais. A tendência é que o problema só piore, já que a maior parte desses vôos sai dos aeroportos a partir do final da tarde.
A Fenapef anunciou também que, depois que a operação estiver "estruturada" nos vôos internacionais, será estendida ao vôos nacionais. Segundo Garisto, até o fim da tarde todos os portos e aeroportos do país devem obedecer à "operação padrão".
De acordo com Sérgio Sérvulo, chefe de gabinete do Ministério da Justiça, para diminuir o impacto da greve serão criados "grupos-tarefa" que prestarão os mesmos serviços da PF. Ele disse que esses grupos serão formados por outros servidores públicos.
Com Agência Brasil
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