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24/03/2004
-
09h00
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O secretário-executivo do Ministério do Esporte, Orlando Silva de Jesus Júnior, 32, ex-presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), formalizou queixa à polícia de Brasília contra um motorista de táxi, a quem acusa de prática de racismo.
Acompanhado do sobrinho Inlã de Oliveira, 18, Jesus Júnior saiu do cinema por volta das 20h30 de domingo, no shopping Pátio Brasil, no Setor Comercial Sul (centro de Brasília).
Como não havia táxi na porta do shopping, ele caminhou até um ponto de táxi no Setor Hoteleiro Sul, a poucas quadras de distância, e pegou um táxi para o hotel Blue Tree, um dos mais caros de Brasília, onde mora.
Nesse momento, Jesus Júnior estranhou que o motorista pedisse a outro taxista que o acompanhasse na corrida, alegando que ia dar uma carona a ele.
Pouco antes de chegar ao hotel, o motorista parou na guarita da Polícia Militar do estacionamento do Palácio do Planalto. Disse que levava um passageiro "suspeito", pedindo que fosse revistado. O secretário-executivo foi revistado por dois PMs e depois se identificou. Natural de Salvador (BA), formado em ciências sociais pela USP, ele é a segunda pessoa na hierarquia do Ministério do Esporte.
Desfeito o mal-entendido, ele disse que passou a ser chamado de "doutor" pelo motorista, a quem não pediu identificação. Anotou, no entanto, a placa do carro e, após ser deixado no hotel, foi à 1ª Delegacia Policial, na Asa Sul, para registrar queixa.
O secretário disse que não apresentou queixa contra os policiais. "Toda abordagem policial é constrangedora por si própria, mas não houve violência."
Se for considerado culpado pela prática de racismo, o motorista vai ser preso. O delegado Antônio Anapolino afirmou que já identificou o motorista de táxi e que o intimará para depor nesta semana.
O chefe da guarita do Planalto, que não quis se identificar, afirmou que os policiais tiveram um procedimento padrão.
Secretário denuncia taxista de Brasília por discriminação
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O secretário-executivo do Ministério do Esporte, Orlando Silva de Jesus Júnior, 32, ex-presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), formalizou queixa à polícia de Brasília contra um motorista de táxi, a quem acusa de prática de racismo.
Acompanhado do sobrinho Inlã de Oliveira, 18, Jesus Júnior saiu do cinema por volta das 20h30 de domingo, no shopping Pátio Brasil, no Setor Comercial Sul (centro de Brasília).
Como não havia táxi na porta do shopping, ele caminhou até um ponto de táxi no Setor Hoteleiro Sul, a poucas quadras de distância, e pegou um táxi para o hotel Blue Tree, um dos mais caros de Brasília, onde mora.
Nesse momento, Jesus Júnior estranhou que o motorista pedisse a outro taxista que o acompanhasse na corrida, alegando que ia dar uma carona a ele.
Pouco antes de chegar ao hotel, o motorista parou na guarita da Polícia Militar do estacionamento do Palácio do Planalto. Disse que levava um passageiro "suspeito", pedindo que fosse revistado. O secretário-executivo foi revistado por dois PMs e depois se identificou. Natural de Salvador (BA), formado em ciências sociais pela USP, ele é a segunda pessoa na hierarquia do Ministério do Esporte.
Desfeito o mal-entendido, ele disse que passou a ser chamado de "doutor" pelo motorista, a quem não pediu identificação. Anotou, no entanto, a placa do carro e, após ser deixado no hotel, foi à 1ª Delegacia Policial, na Asa Sul, para registrar queixa.
O secretário disse que não apresentou queixa contra os policiais. "Toda abordagem policial é constrangedora por si própria, mas não houve violência."
Se for considerado culpado pela prática de racismo, o motorista vai ser preso. O delegado Antônio Anapolino afirmou que já identificou o motorista de táxi e que o intimará para depor nesta semana.
O chefe da guarita do Planalto, que não quis se identificar, afirmou que os policiais tiveram um procedimento padrão.
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