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30/03/2004 - 22h53

Juiz suspeito de ligação com Naya autoriza quebra de sigilo

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TALITA FIGUEIREDO
da Folha de S.Paulo, no Rio

O juiz Alexander Macedo entregou nesta terça-feira à Justiça uma autorização de quebra dos seus sigilos bancário, telefônico e fiscal. Ele se antecipou ao Ministério Público, que anunciara a intenção de pedir ao TJ (Tribunal de Justiça) a quebra dos sigilos.

Macedo é investigado por ter supostamente beneficiado o ex-deputado Sérgio Naya no processo de indenização das vítimas do edifício Palace 2.
O promotor Rodrigo Terra afirmou que mesmo assim entregará à Justiça o pedido do Ministério Público.

"Não sei de que linhas telefônicas ele está abrindo mão. Nós queremos telefones e períodos específicos desta quebra", disse.

Em nota divulgada pelo TJ, Macedo afirmou que não há prova de sua ligação com o ex-deputado.

Nesta terça-feira, o juiz da 34ª Vara Criminal, Cairo Ítalo França David, tentou entregar ao presidente do TJ, desembargador Miguel Pachá, as agendas de Naya apreendidas durante sua prisão, no último dia 15.

Pachá se recusou a recebê-las. Ficou apenas com duas folhas onde há alusões a Macedo. As folhas foram encaminhadas ao Conselho da Magistratura, que investiga os atos do juiz.

Pachá alegou que os papéis podem não ser verdadeiros e que as anotações de Naya são documentos pessoais.

Em uma das agendas apreendidas faltavam três páginas, exatamente as datas que precederam sua prisão. Pachá disse, em nota, que "ninguém sabe o que havia ali quando foram arrancadas e quem arrancou", mas que "o juiz [David] garantiu que já recebeu a agenda, entregue pela Polícia Federal sem as folhas".

Construído por uma empresa de Naya, o Palace 2 ruiu parcialmente em fevereiro de 1998, matando oito moradores.
 

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