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06/04/2004 - 18h46

Saiba mais sobre o assassinato do casal em Perdizes

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da Folha Online

O empresário Luiz Rugai, 40, e sua mulher, Alessandra, 33, foram encontrados mortos a tiros em casa, na rua Atibaia, região de Perdizes, zona oeste de São Paulo. Os corpos foram localizados na noite de 28 de março.

Alessandra foi baleada na entrada principal da casa. A posição --com os pés em direção à área externa-- sugere que a vítima tenha aberto a porta para o assassino, segundo a polícia.

O corpo de Rugai foi encontrado a três metros do da mulher, pouco antes da entrada do home theater. A porta que dá acesso à sala foi arrombada, o que pode indicar que Rugai tentou se proteger trancando-se nesta sala.

Os dois filhos do primeiro casamento de Rugai, Gil, 21, e Leonardo, 19, moram com a mãe.

Gil, suspeito de envolvimento no crime, se apresentou à polícia na tarde desta terça-feira (6). Ele era procurado desde o dia 2, quando teve a prisão temporária de 15 dias decretada pela Justiça.

Desfalque

Para a polícia, são vários os indícios que o colocam como suspeito de envolvimento nas mortes. Uma testemunha disse à polícia que dois homens saíram da casa após o crime, e um deles seria Gil. A polícia ainda não divulgou informações sobre o segundo suspeito.

Gil, que trabalhava com o pai, foi afastado após Rugai descobrir desfalque de cerca de R$ 100 mil em sua empresa --a Referência Filmes. Ele trabalhava no departamento financeiro da empresa e estaria envolvido no desvio do dinheiro.

Segundo a promotora de Justiça Mildred Campi, designada pela Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo para acompanhar o caso, ao menos três cheques da empresa comprovam a fraude. Em um dos cheques a assinatura de Rugai foi falsificada e o valor foi descontado no caixa do banco por Gil. Os outros dois cheques foram encontrados nos pertences do rapaz.

Suspeitas

Além da preocupação das vítimas em trocar as fechaduras da casa, onde Gil morou até dias antes das mortes, nada foi roubado pelos criminosos. Nenhuma porta externa da casa foi arrombada. Na casa das vítimas, de alto padrão, funcionavam uma produtora e um estúdio de gravação de comerciais, de propriedade do casal.

Durante as buscas na casa, a polícia encontrou uma nota fiscal de compra de um coldre para pistola 380 --mesmo calibre usado para matar o casal--, munição e um certificado de conclusão de curso de tiro em nome de Gil.

Após discussão, Gil decidiu morar com a mãe. O rapaz registrara em dezembro sua própria agência de publicidade.

Na semana anterior ao crime, Rugai conversou com o gerente de um banco onde tinha conta. Teria orientado o gerente a "desconfiar" de toda e qualquer grande movimentação financeira em sua conta.

Logo após o crime, policiais encontraram, segundo o DHPP, cerca de 300 gramas de maconha no quarto que, até recentemente, pertenceu ao filho mais velho de Rugai. Ainda não há relação entre a localização da droga e o crime.

Perícia

Peritos retiraram para análise, na última quarta-feira, a porta de entrada da sala de vídeo que foi arrombada no dia do crime. Também foram levados pelos peritos uma sacola com fitas de vídeo e produtos de higiene pessoal.

Alessandra teria reagido à abordagem do criminoso. Peritos teriam encontrado sob sua unha fragmentos de pele supostamente do assassino.

Segurança

A preocupação com a segurança começou na semana que antecedeu o crime, quando o casal decidiu trocar todas as fechaduras da casa. O casal também teria comprado um kit completo de segurança, com câmeras de vídeo.

O kit foi entregue dias antes das mortes, mas não foi instalado. Embora um dos filhos do primeiro casamento de Rugai tenha declarado à polícia que a troca de fechaduras era um "procedimento de rotina", pessoas próximas ao casal afirmam que desta vez a urgência em efetuar a troca era evidente.
 

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