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10/04/2004
-
10h22
da Folha Online
A Polícia Civil deslocou 60 veículos na manhã deste sábado para a favela da Rocinha (São Conrado), na zona sul do Rio de Janeiro, para dar apoio aos cerca de 380 policiais no local. A operação busca traficantes de drogas e evitar novos confrontos.
Foram convocados ainda todos os policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), mesmo os que estavam de folga no feriado de Páscoa ou em férias.
Cerca de 380 policiais enfrentaram, na noite de sexta-feira, grupos rivais ligados à facção criminosa CV (Comando Vermelho), nas favelas da Rocinha e do Vidigal, na zona sul do Rio. Nos tiroteios, dois policiais militares foram mortos, e um morador da Rocinha que passava de bicicleta foi ferido.
A ocupação das favelas foi determinada pela polícia após a tentativa de invasão da Rocinha por cerca de 60 traficantes, que deixou três mortos e sete feridos na madrugada de sexta. Nenhum dos mortos tinha envolvimento com o tráfico de drogas.
O policial morto na noite de sexta foi identificado como tenente Marcelo Rolim, do Bope (Batalhão de Operações Especiais). O outro PM morto é o soldado Luiz Cláudio Gomes Ramos.
Pelo menos uma granada foi lançada durante o confronto e explodiu. De acordo com a PM, o tenente e o soldado foram emboscados por traficantes na localidade conhecida como Laboriaux.
Falsa blitz
Por volta de 1h da madrugada de sexta, os traficantes, fortemente armados e vestidos com coletes da Polícia Civil, montaram uma falsa blitz e bloquearam a avenida Niemeyer (ligação entre São Conrado e Leblon, na zona sul). O objetivo era roubar carros para usar na invasão da favela. Eles vinham do morro do Vidigal, vizinho à Rocinha.
Segundo a Polícia Civil, o plano de invadir a favela foi comandado pelo traficante Eduíno Eustáquio de Araújo Filho, o Dudu. O objetivo era retomar os pontos-de-venda de drogas, hoje controlados por Luciano Barbosa da Silva, o Lulu. Embora rivais, eles integram o CV.
Traficantes que estavam no Vidigal tentaram invadir a Rocinha pela mata e fizeram disparos em direção à favela. Um tiro atingiu o peito de Fabiana Souza de Oliveira, 24, que estava em uma moto com o marido Edson de Moura. Ela morreu na hora.
Moura foi baleado no cotovelo esquerdo. Wellington da Silva, 27, também foi atingido e morreu.
No cerco aos traficantes, cinco suspeitos escaparam, atravessaram a avenida Niemeyer, trocaram tiros com a polícia e se atiraram ao mar. Todos foram presos e dois, baleados.
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A Polícia Civil deslocou 60 veículos na manhã deste sábado para a favela da Rocinha (São Conrado), na zona sul do Rio de Janeiro, para dar apoio aos cerca de 380 policiais no local. A operação busca traficantes de drogas e evitar novos confrontos.
Foram convocados ainda todos os policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), mesmo os que estavam de folga no feriado de Páscoa ou em férias.
Cerca de 380 policiais enfrentaram, na noite de sexta-feira, grupos rivais ligados à facção criminosa CV (Comando Vermelho), nas favelas da Rocinha e do Vidigal, na zona sul do Rio. Nos tiroteios, dois policiais militares foram mortos, e um morador da Rocinha que passava de bicicleta foi ferido.
A ocupação das favelas foi determinada pela polícia após a tentativa de invasão da Rocinha por cerca de 60 traficantes, que deixou três mortos e sete feridos na madrugada de sexta. Nenhum dos mortos tinha envolvimento com o tráfico de drogas.
O policial morto na noite de sexta foi identificado como tenente Marcelo Rolim, do Bope (Batalhão de Operações Especiais). O outro PM morto é o soldado Luiz Cláudio Gomes Ramos.
Pelo menos uma granada foi lançada durante o confronto e explodiu. De acordo com a PM, o tenente e o soldado foram emboscados por traficantes na localidade conhecida como Laboriaux.
Falsa blitz
Por volta de 1h da madrugada de sexta, os traficantes, fortemente armados e vestidos com coletes da Polícia Civil, montaram uma falsa blitz e bloquearam a avenida Niemeyer (ligação entre São Conrado e Leblon, na zona sul). O objetivo era roubar carros para usar na invasão da favela. Eles vinham do morro do Vidigal, vizinho à Rocinha.
Segundo a Polícia Civil, o plano de invadir a favela foi comandado pelo traficante Eduíno Eustáquio de Araújo Filho, o Dudu. O objetivo era retomar os pontos-de-venda de drogas, hoje controlados por Luciano Barbosa da Silva, o Lulu. Embora rivais, eles integram o CV.
Traficantes que estavam no Vidigal tentaram invadir a Rocinha pela mata e fizeram disparos em direção à favela. Um tiro atingiu o peito de Fabiana Souza de Oliveira, 24, que estava em uma moto com o marido Edson de Moura. Ela morreu na hora.
Moura foi baleado no cotovelo esquerdo. Wellington da Silva, 27, também foi atingido e morreu.
No cerco aos traficantes, cinco suspeitos escaparam, atravessaram a avenida Niemeyer, trocaram tiros com a polícia e se atiraram ao mar. Todos foram presos e dois, baleados.
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