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12/04/2004
-
05h34
SILVIA AMORIM
do Agora
O mapeamento dos atropelamentos na cidade de São Paulo no ano 2000 revela que o Brás (região central) foi o distrito com maior número de mortes causadas por esse tipo de acidente, seguido por Barra Funda (zona oeste), Belém (zona leste), Pari (região central) e Perus (zona norte).
O estudo, inédito, foi feito durante uma tese de doutorado da Faculdade de Saúde Pública da USP. Nela, a pesquisadora Renata Ferraz de Toledo comparou dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e do Proaim (Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade).
O Brás ficou na faixa de 20 a 40 óbitos por 100 mil habitantes. A Barra Funda teve de 15 a 20 mortes. Os outros, de dez a 15 cada.
Embora o estudo tenha sido feito com base em dados de 2000, Toledo acredita que o cenário não tenha sofrido mudanças. A CET não comentou os números.
Para a pesquisadora, a concentração de ambulantes nas calçadas é o principal motivo para o Brás ter ficado no topo da lista de mortes. "Com as calçadas tomadas por camelôs, os pedestres acabam andando na rua, o que aumenta os riscos", afirma.
Além disso, o distrito é uma região comercial, com grande circulação de
pessoas e veículos --combinação perfeita para a ocorrência de acidentes.
Segundo dados do Ministério da Saúde, a cada ano morrem, em média, 30 mil pessoas no trânsito no país --82 por dia. Metade delas, por atropelamento. Em São Paulo, em 2003, foram 485 mortes, entre 6.432 atropelados.
Vias malconservadas, embriaguez e drogas são as principais causas de acidentes de trânsito, segundo os especialistas.
Custo
O custo diário do tratamento de uma vítima de acidente de trânsito é, em média, 51% maior que o de um paciente internado por doença, de acordo com o SUS (Sistema Único de Saúde).
Dados do Ministério da Saúde mostram que o governo paulista gasta, em média, R$ 120,23 por dia com pessoas hospitalizadas por causas externas
(acidentes, homicídios, entre outros), contra R$ 79,69 com doentes.
O custo médio do tratamento em casos de acidente fica em torno de R$ 563,24. Para pacientes de causas naturais, essa quantia é de R$ 538,71 --a diferença torna-se menor porque pacientes de causas naturais geralmente ficam mais tempo internados.
Por ano, o governo estadual gasta cerca de R$ 930 milhões com vítimas de doenças e R$ 95 milhões com acidentados.
Homens entre 15 e 39 anos são 80% das vítimas de atropelamento na capital. Entre crianças de 5 a 14 anos e idosos de 60 a 79 anos, os acidentes de trânsito são a primeira causa de morte.
Brás e Barra Funda lideram ranking de mortes por atropelamento em SP
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do Agora
O mapeamento dos atropelamentos na cidade de São Paulo no ano 2000 revela que o Brás (região central) foi o distrito com maior número de mortes causadas por esse tipo de acidente, seguido por Barra Funda (zona oeste), Belém (zona leste), Pari (região central) e Perus (zona norte).
O estudo, inédito, foi feito durante uma tese de doutorado da Faculdade de Saúde Pública da USP. Nela, a pesquisadora Renata Ferraz de Toledo comparou dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e do Proaim (Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade).
O Brás ficou na faixa de 20 a 40 óbitos por 100 mil habitantes. A Barra Funda teve de 15 a 20 mortes. Os outros, de dez a 15 cada.
Embora o estudo tenha sido feito com base em dados de 2000, Toledo acredita que o cenário não tenha sofrido mudanças. A CET não comentou os números.
Para a pesquisadora, a concentração de ambulantes nas calçadas é o principal motivo para o Brás ter ficado no topo da lista de mortes. "Com as calçadas tomadas por camelôs, os pedestres acabam andando na rua, o que aumenta os riscos", afirma.
Além disso, o distrito é uma região comercial, com grande circulação de
pessoas e veículos --combinação perfeita para a ocorrência de acidentes.
Segundo dados do Ministério da Saúde, a cada ano morrem, em média, 30 mil pessoas no trânsito no país --82 por dia. Metade delas, por atropelamento. Em São Paulo, em 2003, foram 485 mortes, entre 6.432 atropelados.
Vias malconservadas, embriaguez e drogas são as principais causas de acidentes de trânsito, segundo os especialistas.
Custo
O custo diário do tratamento de uma vítima de acidente de trânsito é, em média, 51% maior que o de um paciente internado por doença, de acordo com o SUS (Sistema Único de Saúde).
Dados do Ministério da Saúde mostram que o governo paulista gasta, em média, R$ 120,23 por dia com pessoas hospitalizadas por causas externas
(acidentes, homicídios, entre outros), contra R$ 79,69 com doentes.
O custo médio do tratamento em casos de acidente fica em torno de R$ 563,24. Para pacientes de causas naturais, essa quantia é de R$ 538,71 --a diferença torna-se menor porque pacientes de causas naturais geralmente ficam mais tempo internados.
Por ano, o governo estadual gasta cerca de R$ 930 milhões com vítimas de doenças e R$ 95 milhões com acidentados.
Homens entre 15 e 39 anos são 80% das vítimas de atropelamento na capital. Entre crianças de 5 a 14 anos e idosos de 60 a 79 anos, os acidentes de trânsito são a primeira causa de morte.
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