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14/04/2004
-
09h32
da Folha Online
Policiais civis e militares continuam na favela da Rocinha, zona sul do Rio. A ocupação com cerca de 1.300 policiais começou na última segunda-feira, por causa da disputa entre traficantes por pontos-de-venda de drogas.
Segundo a PM, a madrugada desta quarta-feira foi tranqüila no local. Não houve registro de confrontos. Desde a última sexta, quando a guerra entre traficantes começou, dez pessoas morreram.
A onda de confrontos começou quando traficantes do vizinho morro do Vidigal tentaram invadir a Rocinha.
Forças Armadas
O secretário da Segurança Pública do Rio, Anthony Garotinho, disse nesta terça que, atendendo a uma "oferta" do governo federal, o Estado vai "aceitar" o envio de 4.000 homens das Forças Armadas para cercar e ocupar as principais favelas da cidade.
À noite, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, rechaçou a idéia e disse que, nos termos pedidos por Garotinho, a proposta "é manifestamente inatendível" e que as Forças Armadas não são "instrumento prêt-à-porter" (pronto para usar) que se possa pegar e levar sob a direção de autoridades estaduais.
A discussão sobre a "oferta" começou depois que o Ministério da Justiça informou que não descartaria o envio de tropas para ajudar a conter a violência no Rio. Garotinho soube da informação pela imprensa e passou a classificar a manifestação de Bastos como uma oferta de envio de militares ao Estado.
Se o governo rejeitar o envio de tropas, Garotinho acredita que o ônus deve recair sobre o Planalto.
Para o secretário da Segurança, os militares poderão antecipar as funções que serão desempenhadas por 4.000 policiais militares que o governo estadual deve contratar até o fim do ano para ocupar permanentemente as principais favelas da cidade.
Documento
Em reunião com o secretário nacional da Segurança, Luiz Fernando Corrêa, Garotinho leu um documento, que será entregue ao governo federal, em que diz: "O governo do Estado do Rio de Janeiro decide aceitar a oferta de apoio da União, na cessão de parcela de suas forças militares, como forma de dividir responsabilidades no âmbito da segurança pública estadual".
No texto, Garotinho lista oito "áreas de conflito" da cidade nas quais os militares atuariam: Borel, complexo do Alemão, complexo de São Carlos, Dendê, Jacarezinho, Mangueira, complexo da Maré e Metral.
Corrêa disse que a possibilidade de atuação dos militares no Rio é "mínima". Garotinho deverá se encontrar nesta quarta-feira, em Brasília, com representantes do governo federal para discutir o tema.
Especial
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Policiais mantêm ocupação na favela da Rocinha
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Policiais civis e militares continuam na favela da Rocinha, zona sul do Rio. A ocupação com cerca de 1.300 policiais começou na última segunda-feira, por causa da disputa entre traficantes por pontos-de-venda de drogas.
Segundo a PM, a madrugada desta quarta-feira foi tranqüila no local. Não houve registro de confrontos. Desde a última sexta, quando a guerra entre traficantes começou, dez pessoas morreram.
A onda de confrontos começou quando traficantes do vizinho morro do Vidigal tentaram invadir a Rocinha.
Forças Armadas
O secretário da Segurança Pública do Rio, Anthony Garotinho, disse nesta terça que, atendendo a uma "oferta" do governo federal, o Estado vai "aceitar" o envio de 4.000 homens das Forças Armadas para cercar e ocupar as principais favelas da cidade.
À noite, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, rechaçou a idéia e disse que, nos termos pedidos por Garotinho, a proposta "é manifestamente inatendível" e que as Forças Armadas não são "instrumento prêt-à-porter" (pronto para usar) que se possa pegar e levar sob a direção de autoridades estaduais.
A discussão sobre a "oferta" começou depois que o Ministério da Justiça informou que não descartaria o envio de tropas para ajudar a conter a violência no Rio. Garotinho soube da informação pela imprensa e passou a classificar a manifestação de Bastos como uma oferta de envio de militares ao Estado.
Se o governo rejeitar o envio de tropas, Garotinho acredita que o ônus deve recair sobre o Planalto.
Para o secretário da Segurança, os militares poderão antecipar as funções que serão desempenhadas por 4.000 policiais militares que o governo estadual deve contratar até o fim do ano para ocupar permanentemente as principais favelas da cidade.
Documento
Em reunião com o secretário nacional da Segurança, Luiz Fernando Corrêa, Garotinho leu um documento, que será entregue ao governo federal, em que diz: "O governo do Estado do Rio de Janeiro decide aceitar a oferta de apoio da União, na cessão de parcela de suas forças militares, como forma de dividir responsabilidades no âmbito da segurança pública estadual".
No texto, Garotinho lista oito "áreas de conflito" da cidade nas quais os militares atuariam: Borel, complexo do Alemão, complexo de São Carlos, Dendê, Jacarezinho, Mangueira, complexo da Maré e Metral.
Corrêa disse que a possibilidade de atuação dos militares no Rio é "mínima". Garotinho deverá se encontrar nesta quarta-feira, em Brasília, com representantes do governo federal para discutir o tema.
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