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14/04/2004
-
12h14
da Folha Online
Agentes, escrivães e papiloscopistas (especialistas em impressões digitais) da Polícia Federal rejeitaram, em assembléia na noite desta terça-feira, a proposta de reajuste salarial linear de 17% oferecida pelo Ministério da Justiça. Os policiais decidiram permanecer em greve, iniciada em 9 de março.
A proposta foi feita na última segunda-feira. Além do reajuste de 17%, o governo também ofereceu a liberação de um crédito suplementar de R$ 60 milhões, a abertura de concurso público e o envio para o Congresso de um projeto de lei orgânica da PF.
Na ocasião, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse que, se os grevistas não encerrassem até esta quarta o movimento, às 18h, o governo federal retiraria a proposta e as negociações acabariam. O governo também informou que passaria a descontar os dias parados dos policiais.
O ministro deverá ser informado oficialmente da decisão dos grevistas à tarde. Segundo César Oliveira, assessor da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), representantes dos 27 sindicatos dos policiais federais se reunirão para adotar estratégias e definir o rumo do movimento.
A Fenapef também programou uma manifestação para a tarde desta quarta-feira na frente do Ministério da Justiça, na qual terá como tema a "pizzaria Waldomiro". Ex-assessor do Palácio do Planalto, Waldomiro foi flagrado cobrando propina do empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Waldomiro foi exonerado em 13 de fevereiro.
Reivindicação
Os policiais reivindicam o pagamento de salário equivalente a escolaridade de nível superior para as categorias em greve, com base na lei 9.266/96 que tornou obrigatório o terceiro grau para ingressar na PF. Assim, um agente e um delegado ganhariam o mesmo salário-base.
O Ministério da Justiça alega que não há base jurídica para o pleito dos grevistas, uma vez que a lei, ao mesmo tempo que impõe a obrigatoriedade de um curso superior, estabelece uma tabela específica para os vencimentos.
O ministério diz ainda que agentes, escrivães e papiloscopistas teriam o salário elevado de R$ 4.199 para R$ 7.788, equiparando-se aos delegados, o que representaria um impacto de cerca de R$ 600 milhões anuais na folha da União.
Especial
Saiba mais sobre a greve da PF
Policiais federais em greve rejeitam proposta do governo
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Agentes, escrivães e papiloscopistas (especialistas em impressões digitais) da Polícia Federal rejeitaram, em assembléia na noite desta terça-feira, a proposta de reajuste salarial linear de 17% oferecida pelo Ministério da Justiça. Os policiais decidiram permanecer em greve, iniciada em 9 de março.
A proposta foi feita na última segunda-feira. Além do reajuste de 17%, o governo também ofereceu a liberação de um crédito suplementar de R$ 60 milhões, a abertura de concurso público e o envio para o Congresso de um projeto de lei orgânica da PF.
Na ocasião, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse que, se os grevistas não encerrassem até esta quarta o movimento, às 18h, o governo federal retiraria a proposta e as negociações acabariam. O governo também informou que passaria a descontar os dias parados dos policiais.
O ministro deverá ser informado oficialmente da decisão dos grevistas à tarde. Segundo César Oliveira, assessor da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), representantes dos 27 sindicatos dos policiais federais se reunirão para adotar estratégias e definir o rumo do movimento.
A Fenapef também programou uma manifestação para a tarde desta quarta-feira na frente do Ministério da Justiça, na qual terá como tema a "pizzaria Waldomiro". Ex-assessor do Palácio do Planalto, Waldomiro foi flagrado cobrando propina do empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Waldomiro foi exonerado em 13 de fevereiro.
Reivindicação
Os policiais reivindicam o pagamento de salário equivalente a escolaridade de nível superior para as categorias em greve, com base na lei 9.266/96 que tornou obrigatório o terceiro grau para ingressar na PF. Assim, um agente e um delegado ganhariam o mesmo salário-base.
O Ministério da Justiça alega que não há base jurídica para o pleito dos grevistas, uma vez que a lei, ao mesmo tempo que impõe a obrigatoriedade de um curso superior, estabelece uma tabela específica para os vencimentos.
O ministério diz ainda que agentes, escrivães e papiloscopistas teriam o salário elevado de R$ 4.199 para R$ 7.788, equiparando-se aos delegados, o que representaria um impacto de cerca de R$ 600 milhões anuais na folha da União.
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