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14/04/2004 - 18h14

Grevistas da PF conseguem suspender corte de ponto em 6 Estados

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da Folha Online

Os sindicatos regionais da Polícia Federal de pelo menos seis Estados conseguiram na Justiça liminares impedindo o corte de ponto dos agentes, escrivães e papiloscopistas (especialistas em impressões digitais) que estão em greve desde o dia 9 de março.

As liminares foram dadas pela Justiça Federal no Maranhão, Santa Catarina, Acre, Rondônia, Goiás e Rio de Janeiro contra a decisão do juiz federal substituto da 7ª Vara do Distrito Federal, César Antônio Ramos.

A categoria rejeitou, em assembléia na noite desta terça-feira (13), a proposta de reajuste salarial linear de 17% oferecida pelo Ministério da Justiça. Na proposta, o governo também havia oferecido a liberação de um crédito suplementar de R$ 60 milhões, a abertura de concurso público e o envio para o Congresso de um projeto de lei orgânica da PF.

Na ocasião, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse que, se os grevistas não aceitassem a proposta, o governo federal encerraria as negociações. O governo também informou que passaria a descontar os dias parados dos policiais, o que deve começar a acontecer nesta quinta-feira.

Manifestação

A Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) e os presidentes de sindicatos estaduais estão reunidos em Brasília e ameaçam radicalizar o movimento. "Não está descartada a volta da "operação padrão" nos portos, aeroportos e fronteiras", afirmou Francisco Garisto, presidente da federação.

Nesta tarde os grevistas realizaram uma manifestação em frente ao Ministério da Justiça carregando faixas com a inscrição "Pizzaria do Waldomiro".

Os grevistas assaram uma pizza de sabor banana para o ministro da Justiça. "Este gesto é só para lembrar à sociedade que neste país tudo acaba em pizza", disse o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do DF, Fernando Honorato.

Reivindicação

Os policiais reivindicam o pagamento de salário equivalente a escolaridade de nível superior para as categorias em greve, com base na lei 9.266/96 que tornou obrigatório o terceiro grau para ingressar na PF. Assim, um agente e um delegado ganhariam o mesmo salário-base.

O Ministério da Justiça alega que não há base jurídica para o pleito dos grevistas, uma vez que a lei, ao mesmo tempo que impõe a obrigatoriedade de um curso superior, estabelece uma tabela específica para os vencimentos.

O ministério diz ainda que agentes, escrivães e papiloscopistas teriam o salário elevado de R$ 4.199 para R$ 7.788, equiparando-se aos delegados, o que representaria um impacto de cerca de R$ 600 milhões anuais na folha da União.

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