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05/09/2000
-
15h22
da Folha de S.Paulo
As comissões de direitos humanos da Câmara e da Assembléia Legislativa de São Paulo divulgaram hoje cartas que receberam com ameaças e a promessa de ofensiva a partir de quinta-feira contra os defensores de nordestinos, negros e homossexuais.
As duas correspondências têm o mesmo endereço de remetente do pacote-bomba recebido pela Anistia Internacional, mas foram postadas em agências diferentes.
Assinam o texto os ''skinheads'', dizendo ainda que escolheram representantes de várias entidades _elas chegam a ser citadas_ ''para dar uma lição''.
Em comum, representantes das duas comissões acompanharam com a Anistia Internacional o caso da morte do adestrador de cães Edson Neris da Silva, assassinado por um grupo de skinheads no centro de São Paulo.
''Espero que a polícia dê proteção às pessoas citadas na carta'', disse o vereador Ítalo Cardoso (PT), que preside a comissão municipal de direitos humanos.
Cardoso recebeu a carta em seu gabinete. A segunda carta estava no gabinete do deputado estadual Renato Simões (PT), presidente da comissão da Assembléia Legislativa.
O Grupo de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância, recém-criado pela polícia de São Paulo para situações desse tipo, já está no caso. As cartas e ameaças de bomba foram registrados à tarde no 77º DP (Santa Cecília).
Amanhã, representantes das duas comissões e de entidades de direitos humanos deverão se reunir de manhã com o secretário da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi, para discutir as ameaças. Petrelluzi pediu rigor à polícia.
Segundo o sociólogo Túlio Kahn, do Ilanud (Instituto Latino Americano das Nações Unidas para a Prevenção do Delito e Tratamento do Delinquente), que acompanha casos desse tipo em São Paulo desde 92, os grupos skinheads têm datas como referências para protestos. "Eles são nacionalistas e, por isso, podem ter escolhido o 7 de setembro, Dia da Independência.''
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Câmara e Assembléia recebem cartas com ameaças
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As comissões de direitos humanos da Câmara e da Assembléia Legislativa de São Paulo divulgaram hoje cartas que receberam com ameaças e a promessa de ofensiva a partir de quinta-feira contra os defensores de nordestinos, negros e homossexuais.
As duas correspondências têm o mesmo endereço de remetente do pacote-bomba recebido pela Anistia Internacional, mas foram postadas em agências diferentes.
Assinam o texto os ''skinheads'', dizendo ainda que escolheram representantes de várias entidades _elas chegam a ser citadas_ ''para dar uma lição''.
Em comum, representantes das duas comissões acompanharam com a Anistia Internacional o caso da morte do adestrador de cães Edson Neris da Silva, assassinado por um grupo de skinheads no centro de São Paulo.
''Espero que a polícia dê proteção às pessoas citadas na carta'', disse o vereador Ítalo Cardoso (PT), que preside a comissão municipal de direitos humanos.
Cardoso recebeu a carta em seu gabinete. A segunda carta estava no gabinete do deputado estadual Renato Simões (PT), presidente da comissão da Assembléia Legislativa.
O Grupo de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância, recém-criado pela polícia de São Paulo para situações desse tipo, já está no caso. As cartas e ameaças de bomba foram registrados à tarde no 77º DP (Santa Cecília).
Amanhã, representantes das duas comissões e de entidades de direitos humanos deverão se reunir de manhã com o secretário da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi, para discutir as ameaças. Petrelluzi pediu rigor à polícia.
Segundo o sociólogo Túlio Kahn, do Ilanud (Instituto Latino Americano das Nações Unidas para a Prevenção do Delito e Tratamento do Delinquente), que acompanha casos desse tipo em São Paulo desde 92, os grupos skinheads têm datas como referências para protestos. "Eles são nacionalistas e, por isso, podem ter escolhido o 7 de setembro, Dia da Independência.''
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