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22/04/2004
-
11h02
da Folha Online
A "operação padrão" dos agentes da Polícia Federal pode recomeçar em todo o Brasil no sábado.
O comando de greve se reúne sexta-feira com os sindicatos filiados à Fenapef (Federação Nacional dos Policiais federais) para definir definir os próximos passos do movimento. Segundo dirigentes da federação, é quase certa a extensão da operação, que já voltou a funcionar no Rio Grande do Sul, para outros Estados.
Pela "operação padrão", policiais realizam uma série de procedimentos de checagem que normalmente são feitos por amostragem.
O diretor de comunicação da Fenapef, Edson Tessele, disse na quarta-feira que as negociações com o governo nem ao menos chegaram a começar. "O que houve foi uma tentativa de impor uma proposta. Sentar em uma mesa para tentar aproximar uma proposta da outra, isto nunca aconteceu", afirma. "O que é muito decepcionante, considerando-se a origem sindical de muitos dos integrantes do governo."
Tessele faz críticas ao diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, a quem acusa de ser "acostumado à ditadura". "O Lacerda entrou na PF em 1976, em plena ditadura, em uma época em que, quando o diretor passava no corredor, quem não se levantasse era punido. Depois disso, trabalhou muitos anos com o [senador do PFL-SP Romeu] Tuma. É isso que esperávamos de um governo do PT?", diz.
Greve
Agentes, escrivães e papiloscopistas (especialistas em impressões digitais) estão em greve desde o dia 9 de março e reivindicam o pagamento de salário equivalente a escolaridade de nível superior para as categorias em greve, com base na lei 9.266/96 que tornou obrigatório o terceiro grau para ingressar na PF. Assim, um agente e um delegado ganhariam o mesmo salário-base.
O Ministério da Justiça alega que não há base jurídica para o pleito dos grevistas, uma vez que a lei, ao mesmo tempo que impõe a obrigatoriedade de um curso superior, estabelece uma tabela específica para os vencimentos.
Especial
Saiba mais sobre a greve da PF
Retorno da "operação padrão" da PF deve ser definido nesta sexta
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A "operação padrão" dos agentes da Polícia Federal pode recomeçar em todo o Brasil no sábado.
O comando de greve se reúne sexta-feira com os sindicatos filiados à Fenapef (Federação Nacional dos Policiais federais) para definir definir os próximos passos do movimento. Segundo dirigentes da federação, é quase certa a extensão da operação, que já voltou a funcionar no Rio Grande do Sul, para outros Estados.
Pela "operação padrão", policiais realizam uma série de procedimentos de checagem que normalmente são feitos por amostragem.
O diretor de comunicação da Fenapef, Edson Tessele, disse na quarta-feira que as negociações com o governo nem ao menos chegaram a começar. "O que houve foi uma tentativa de impor uma proposta. Sentar em uma mesa para tentar aproximar uma proposta da outra, isto nunca aconteceu", afirma. "O que é muito decepcionante, considerando-se a origem sindical de muitos dos integrantes do governo."
Tessele faz críticas ao diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, a quem acusa de ser "acostumado à ditadura". "O Lacerda entrou na PF em 1976, em plena ditadura, em uma época em que, quando o diretor passava no corredor, quem não se levantasse era punido. Depois disso, trabalhou muitos anos com o [senador do PFL-SP Romeu] Tuma. É isso que esperávamos de um governo do PT?", diz.
Greve
Agentes, escrivães e papiloscopistas (especialistas em impressões digitais) estão em greve desde o dia 9 de março e reivindicam o pagamento de salário equivalente a escolaridade de nível superior para as categorias em greve, com base na lei 9.266/96 que tornou obrigatório o terceiro grau para ingressar na PF. Assim, um agente e um delegado ganhariam o mesmo salário-base.
O Ministério da Justiça alega que não há base jurídica para o pleito dos grevistas, uma vez que a lei, ao mesmo tempo que impõe a obrigatoriedade de um curso superior, estabelece uma tabela específica para os vencimentos.
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