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05/09/2000 - 18h40

Julgamento do maníaco do parque será adiado

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GIULIANA ROVAI
da Folha Online

O julgamento do motoboy Francisco de Assis Pereira, que ficou conhecido como maníaco do parque, foi adiado. Em princípio, o julgamento estava marcado para o próximo dia 11, mas, o juiz do 1º Tribunal do Júri. José Ruy Borges Pereira decidiu adiar o julgamento a pedido da promotoria. Uma nova data ainda não foi marcada.

Ele seria julgado pelo assassinato da balconista Selma Ferreira Queiroz, uma das nove mulheres estupradas e assassinadas por ele no parque do Estado (zona sudoeste).

Pereira foi preso em 4 de agosto de 1998 . Atualmente, ele está preso na Casa de Custódia de Taubaté, no interior de São Paulo.

A promotora Mariângela Balduíno pediu o adiamento do julgamento porque, segundo ela, faltam alguns documentos sobre o processo que poderiam prejudicar o julgamento.

A defesa de Assis Pereira também havia pedido o adiamento, mas o juiz não indeferiu.

A advogada Maria Elisa Munhol, que defende o motoboy, disse que pediu o adiamento do julgamento por causa de um outro processo em que Pereira foi já condenado e que também é relacionado ao assassinato de Selma.

Pereira extorquiu a família de Selma, pedindo uma quantia em dinheiro (R$ 1.000) sob a ameaça de matar a balconista. Selma desapareceu no dia 3 de julho de 1998, seu corpo foi encontrado no dia seguinte.

O motoboy foi condenado por esse crime a seis anos e oito meses de prisão pela Justiça de Cotia.

A estratégia da advogada era fazer com que os crimes de extorsão e de assassinato fosse julgados juntos, uma vez que estão relacionados. Foi por esse motivo que ela pediu o adiamento do julgamento do assassinato de Selma.

A advogada afirmou que, segundo a norma processual, como um caso está relacionado ao outro, os crimes deveriam ser julgados ao mesmo tempo, pelo mesmo juiz.

O juiz Borges Pereira disse que, apesar de a alegação da advogada de Pereira ser válida, esperar a junção dos dois crimes (extorsão e assassinato) poderia demorar muito tempo. Borges pereira irá aguardar a anexação dos documentos pedidos pela promotoria para marcar um novo julgamento.

Se isso ocorrer, o motoboy só deverá enfrentar o júri popular no final do ano.

Além do caso de Selma, o motoboy será julgado pelos estupros e assassinatos de Isadora Fraenkel, Rosa Alves Neta, Patrícia Gonçalves Marinho, Raquel Mota Rodrigues, Michele dos Santos Martins, Elizângela Francisco da Silva.

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