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29/04/2004
-
09h56
da Folha Online
Os policiais federais em greve realizam nesta quinta-feira, em todo o país, assembléias para decidir os rumos do movimento. Segundo a Fenapef (Federação nacional dos Policiais Federais), a tendência é a de que haja um "endurecimento" das ações.
"O governo não negocia, e está endurecendo. Só nos resta endurecer também", afirmou Edson Tessele, diretor de comunicação da entidade. Segundo Tessele, as assembléias estaduais da categoria podem decidir paralisar as atividades da Polícia Federal que ainda estão funcionando, como plantões, custódia e aeroportos.
O diretor da Fenapef diz que os grevistas não querem ganhar salário igual ao dos delegados, como afirma o governo. "O que queremos é a implantação da tabela de nível superior. Se tiver que alterar as gratificações para que o governo possa absorver os custos, nós aceitamos discutir", afirma.
Na quarta-feira, depois de decisão judicial determinando a volta dos policias ao trabalho em São Paulo, a categoria resolveu, em assembléia, pela continuidade da greve. Pela decisão da Justiça, se não voltar ao trabalho, o sindicato terá de pagar multa diária de R$ 60 mil.
Greve
Agentes, escrivães e papiloscopistas (especialistas em impressões digitais) da PF estão em greve desde o dia 9 de março. Eles reivindicam o pagamento de salário equivalente a escolaridade de nível superior para as categorias em greve, com base na lei 9.266/96 que tornou obrigatório o terceiro grau para ingressar na PF.
Assim, um agente e um delegado ganhariam o mesmo salário-base. O dos delegados, de acordo com tabela do Ministério do Planejamento divulgada pela Fenapef, é, em início de carreira (segunda classe), R$ 467,54. O dos grevistas, pela mesma tabela, é R$ 250,46. O aumento seria de 86,67%.
O salário inicial, no entanto, é acrescido de uma série de gratificações. Se não houver alteração destas gratificações, o salário inicial das categorias em greve pode ir de R$ 4.200 para R$ 7.800, igual ao de delegados, um aumento de 85,71%.
O Ministério da Justiça alega que não há base jurídica para o pleito dos grevistas, uma vez que a lei, ao mesmo tempo que impõe a obrigatoriedade de um curso superior, estabelece uma tabela específica para os vencimentos.
A Fenapef contesta, dizendo que a tabela do Ministério do Planejamento diz, expressamente, que os salários atuais das categorias são de nível intermediário.
Especial
Saiba mais sobre a greve da PF
Grevistas da PF fazem assembléias e prometem endurecer movimento
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Os policiais federais em greve realizam nesta quinta-feira, em todo o país, assembléias para decidir os rumos do movimento. Segundo a Fenapef (Federação nacional dos Policiais Federais), a tendência é a de que haja um "endurecimento" das ações.
"O governo não negocia, e está endurecendo. Só nos resta endurecer também", afirmou Edson Tessele, diretor de comunicação da entidade. Segundo Tessele, as assembléias estaduais da categoria podem decidir paralisar as atividades da Polícia Federal que ainda estão funcionando, como plantões, custódia e aeroportos.
O diretor da Fenapef diz que os grevistas não querem ganhar salário igual ao dos delegados, como afirma o governo. "O que queremos é a implantação da tabela de nível superior. Se tiver que alterar as gratificações para que o governo possa absorver os custos, nós aceitamos discutir", afirma.
Na quarta-feira, depois de decisão judicial determinando a volta dos policias ao trabalho em São Paulo, a categoria resolveu, em assembléia, pela continuidade da greve. Pela decisão da Justiça, se não voltar ao trabalho, o sindicato terá de pagar multa diária de R$ 60 mil.
Greve
Agentes, escrivães e papiloscopistas (especialistas em impressões digitais) da PF estão em greve desde o dia 9 de março. Eles reivindicam o pagamento de salário equivalente a escolaridade de nível superior para as categorias em greve, com base na lei 9.266/96 que tornou obrigatório o terceiro grau para ingressar na PF.
Assim, um agente e um delegado ganhariam o mesmo salário-base. O dos delegados, de acordo com tabela do Ministério do Planejamento divulgada pela Fenapef, é, em início de carreira (segunda classe), R$ 467,54. O dos grevistas, pela mesma tabela, é R$ 250,46. O aumento seria de 86,67%.
O salário inicial, no entanto, é acrescido de uma série de gratificações. Se não houver alteração destas gratificações, o salário inicial das categorias em greve pode ir de R$ 4.200 para R$ 7.800, igual ao de delegados, um aumento de 85,71%.
O Ministério da Justiça alega que não há base jurídica para o pleito dos grevistas, uma vez que a lei, ao mesmo tempo que impõe a obrigatoriedade de um curso superior, estabelece uma tabela específica para os vencimentos.
A Fenapef contesta, dizendo que a tabela do Ministério do Planejamento diz, expressamente, que os salários atuais das categorias são de nível intermediário.
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