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30/04/2004 - 10h59

Presos libertam reféns e rebelião chega ao fim no RN

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da Folha Online

Chegou ao fim por volta das 10h desta sexta-feira a rebelião dos presos do pavilhão 1 da Penitenciária Estadual Doutor Francisco Nogueira Fernandes, conhecida como Alcaçuz, em Nísia Floresta (44 km de Natal, RN).

Por volta das 9h30, os rebelados permitiram a saída de dois presos: um que havia sido agredido pelos rebelados e estava ferido e outro que sofre problemas de coluna. Um agente penitenciário que era mantido refém também foi solto.

Em seguida, foram libertadas as 24 mulheres de presos, entre as quais estavam quatro grávidas. Às 9h40 uma comissão formada por sete presos entregou à polícia três armas --dois revólveres 38 e uma pistola.

Cem policiais militares do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) e do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) entraram no presídio por volta das 10h30 para realizar uma revista nos pavilhões.

O agente penitenciário José Antônio da Silva Filho, que estava como refém desde as 16h de quarta-feira, deixou o presídio emocionado, segundo informações da Secretaria da Justiça e Cidadania. Ele disse que só queria ver e beijar a mãe. Apesar da rebelião, Silva Filho afirmou que pretende continuar trabalhando no presídio.

"Bando dos Carneiro"

O motim começou por volta das 16h da última quarta-feira, durante o período de visitas íntimas no pavilhão 1, que abriga cerca de 80 presos.

O agente penitenciário Marcos Vinícius de Souza e um detento foram espancados com pedaços de madeira e telhas. Souza foi liberado na quinta-feira pelos presos.

O secretário estadual da Justiça e da Cidadania, Leonardo Arruda Câmara, disse que a rebelião é uma manifestação contra a desarticulação do "bando dos Carneiro" no presídio. O grupo é conhecido por assaltar bancos.

Os rebelados pediam revisão de penas, o fim das remoções de presos para outras unidades, o retorno de dez presos levados para Paraíba e Ceará e a garantia de que não haverá violência por parte da polícia quando as mulheres saírem do presídio.

Segundo a secretaria, a única reivindicação atendida foi a de não haver retaliação contra presos e suas mulheres. As outras estariam sendo analisadas. A transferência de presos levados para outros Estados dependeria de decisões judiciais.
 

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