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30/04/2004
-
23h56
da Folha Online
O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, disse nesta sexta-feira que voltará a negociar com os grevistas assim que eles retornarem a seus postos de trabalho. Agentes, escrivães e papiloscopistas (especialistas em impressões digitais) estão em greve desde 9 de março.
Lacerda participou da cerimônia de posse do novo superintendente regional da PF no Rio, José Milton Rodrigues. Ele confirmou também o concurso para a PF e disse que o edital deverá sair em maio.
No discurso de posse, Rodrigues, que substitui Roberto Precioso Júnior, disse que vai dar ênfase ao combate ao tráfico de drogas e armas, à lavagem de dinheiro e aos crimes financeiros.
Rodrigues também reforçou o apoio da PF à Secretaria de Segurança do Rio. "A Polícia Federal não vai combater o tráfico no morro, mas nós iremos trabalhar com inteligência policial, com os meios de tecnologia disponíveis para atacar os criminosos na origem, antes que cheguem ao varejo", disse.
Durante a posse, cerca de cem policiais federais fizeram uma manifestação em frente ao prédio do Jockei Clube Brasileiro, no centro do Rio, local da cerimônia.
Greve
Grevistas realizaram na quinta-feira assembléias no país todo e, segundo o presidente da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), Francisco Garisto, os policiais decidiram manter a greve, inclusive em São Paulo, onde decisão judicial determinou o fim do movimento.
A categoria reivindica o pagamento de salário equivalente a escolaridade de nível superior para as categorias em greve, com base na lei 9.266/96 que tornou obrigatório o terceiro grau para ingressar na PF.
Assim, um agente e um delegado ganhariam o mesmo salário-base. O dos delegados, de acordo com tabela do Ministério do Planejamento divulgada pela Fenapef, é, em início de carreira (segunda classe), R$ 467,54. O dos grevistas, pela mesma tabela, é R$ 250,46. O aumento seria de 86,67%.
O salário inicial, no entanto, é acrescido de uma série de gratificações. Se não houver alteração destas gratificações, o salário inicial das categorias em greve pode ir de R$ 4.200 para R$ 7.800, igual ao de delegados, um aumento de 85,71%.
O Ministério da Justiça alega que não há base jurídica para o pleito dos grevistas, uma vez que a lei, ao mesmo tempo que impõe a obrigatoriedade de um curso superior, estabelece uma tabela específica para os vencimentos.
A Fenapef contesta, dizendo que a tabela do Ministério do Planejamento diz, expressamente, que os salários atuais das categorias são de nível intermediário.
Com Agência Brasil
Especial
Saiba mais sobre a greve da PF
PF pode retomar negociação se grevistas voltarem ao trabalho
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O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, disse nesta sexta-feira que voltará a negociar com os grevistas assim que eles retornarem a seus postos de trabalho. Agentes, escrivães e papiloscopistas (especialistas em impressões digitais) estão em greve desde 9 de março.
Lacerda participou da cerimônia de posse do novo superintendente regional da PF no Rio, José Milton Rodrigues. Ele confirmou também o concurso para a PF e disse que o edital deverá sair em maio.
No discurso de posse, Rodrigues, que substitui Roberto Precioso Júnior, disse que vai dar ênfase ao combate ao tráfico de drogas e armas, à lavagem de dinheiro e aos crimes financeiros.
Rodrigues também reforçou o apoio da PF à Secretaria de Segurança do Rio. "A Polícia Federal não vai combater o tráfico no morro, mas nós iremos trabalhar com inteligência policial, com os meios de tecnologia disponíveis para atacar os criminosos na origem, antes que cheguem ao varejo", disse.
Durante a posse, cerca de cem policiais federais fizeram uma manifestação em frente ao prédio do Jockei Clube Brasileiro, no centro do Rio, local da cerimônia.
Greve
Grevistas realizaram na quinta-feira assembléias no país todo e, segundo o presidente da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), Francisco Garisto, os policiais decidiram manter a greve, inclusive em São Paulo, onde decisão judicial determinou o fim do movimento.
A categoria reivindica o pagamento de salário equivalente a escolaridade de nível superior para as categorias em greve, com base na lei 9.266/96 que tornou obrigatório o terceiro grau para ingressar na PF.
Assim, um agente e um delegado ganhariam o mesmo salário-base. O dos delegados, de acordo com tabela do Ministério do Planejamento divulgada pela Fenapef, é, em início de carreira (segunda classe), R$ 467,54. O dos grevistas, pela mesma tabela, é R$ 250,46. O aumento seria de 86,67%.
O salário inicial, no entanto, é acrescido de uma série de gratificações. Se não houver alteração destas gratificações, o salário inicial das categorias em greve pode ir de R$ 4.200 para R$ 7.800, igual ao de delegados, um aumento de 85,71%.
O Ministério da Justiça alega que não há base jurídica para o pleito dos grevistas, uma vez que a lei, ao mesmo tempo que impõe a obrigatoriedade de um curso superior, estabelece uma tabela específica para os vencimentos.
A Fenapef contesta, dizendo que a tabela do Ministério do Planejamento diz, expressamente, que os salários atuais das categorias são de nível intermediário.
Com Agência Brasil
Especial
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