Publicidade
Publicidade
06/05/2004
-
14h44
da Folha Online
Quatro das 23 unidades da federação que já realizaram assembléias nesta quinta-feira para decidir se suspendem ou não a greve da Polícia Federal decidiram continuar a paralisação.
Outras 19 unidades aprovaram a recomendação do comando de greve de suspender o movimento por três dias a partir de segunda-feira. Cinco unidades ainda não comunicaram suas decisões à Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais).
Amazonas, Bahia, Alagoas e Mato Grosso do Sul decidiram que a paralisação das atividades não vai ser suspensa.
Segundo o presidente da Fenapef, Francisco Garisto, a suspensão da paralisação foi um pedido do presidente da Câmara, João Paulo (PT-SP). "Aprovamos e enviamos aos Estados uma proposta do João Paulo. Ele se comprometeu a nos ajudar a abrir negociações com o governo e a nos acompanhar", afirmou.
A decisão de voltar ao trabalho ou não, no entanto, depende de cada Estado. Na última quarta-feira, o presidente do Sindicato dos Policiais Federais da Bahia, João Carlos Sobral, havia advertido que, em seu Estado, achava difícil a categoria suspender a paralisação.
"Já fomos enrolados uma vez por esse ministro, não vamos ser de novo. Não é nem uma posição do sindicato, mas da base", disse. Nesta quinta-feira, a assembléia confirmou a impressão de Sobral: a manutenção da greve foi aprovada por unanimidade.
Greve
Agentes, escrivães e papiloscopistas (especialistas em impressões digitais) da PF estão em greve desde 9 de março.
A categoria reivindica o pagamento de salário equivalente a escolaridade de nível superior para as categorias em greve, com base na lei 9.266/96 que tornou obrigatório o terceiro grau para ingressar na PF.
Assim, um agente e um delegado ganhariam o mesmo salário-base. O dos delegados, de acordo com tabela do Ministério do Planejamento divulgada pela Fenapef, é, em início de carreira (segunda classe), R$ 467,54. O dos grevistas, pela mesma tabela, é R$ 250,46. O aumento seria de 86,67%.
O salário inicial, no entanto, é acrescido de uma série de gratificações. Se não houver alteração destas gratificações, o salário inicial das categorias em greve pode ir de R$ 4.200 para R$ 7.800, igual ao de delegados, um aumento de 85,71%.
O Ministério da Justiça alega que não há base jurídica para o pleito dos grevistas, uma vez que a lei, ao mesmo tempo que impõe a obrigatoriedade de um curso superior, estabelece uma tabela específica para os vencimentos.
A Fenapef contesta, dizendo que a tabela do Ministério do Planejamento diz, expressamente, que os salários atuais das categorias são de nível intermediário.
Especial
Saiba mais sobre a greve da PF
Policiais federais decidem continuar greve em quatro Estados
Publicidade
Quatro das 23 unidades da federação que já realizaram assembléias nesta quinta-feira para decidir se suspendem ou não a greve da Polícia Federal decidiram continuar a paralisação.
Outras 19 unidades aprovaram a recomendação do comando de greve de suspender o movimento por três dias a partir de segunda-feira. Cinco unidades ainda não comunicaram suas decisões à Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais).
Amazonas, Bahia, Alagoas e Mato Grosso do Sul decidiram que a paralisação das atividades não vai ser suspensa.
Segundo o presidente da Fenapef, Francisco Garisto, a suspensão da paralisação foi um pedido do presidente da Câmara, João Paulo (PT-SP). "Aprovamos e enviamos aos Estados uma proposta do João Paulo. Ele se comprometeu a nos ajudar a abrir negociações com o governo e a nos acompanhar", afirmou.
A decisão de voltar ao trabalho ou não, no entanto, depende de cada Estado. Na última quarta-feira, o presidente do Sindicato dos Policiais Federais da Bahia, João Carlos Sobral, havia advertido que, em seu Estado, achava difícil a categoria suspender a paralisação.
"Já fomos enrolados uma vez por esse ministro, não vamos ser de novo. Não é nem uma posição do sindicato, mas da base", disse. Nesta quinta-feira, a assembléia confirmou a impressão de Sobral: a manutenção da greve foi aprovada por unanimidade.
Greve
Agentes, escrivães e papiloscopistas (especialistas em impressões digitais) da PF estão em greve desde 9 de março.
A categoria reivindica o pagamento de salário equivalente a escolaridade de nível superior para as categorias em greve, com base na lei 9.266/96 que tornou obrigatório o terceiro grau para ingressar na PF.
Assim, um agente e um delegado ganhariam o mesmo salário-base. O dos delegados, de acordo com tabela do Ministério do Planejamento divulgada pela Fenapef, é, em início de carreira (segunda classe), R$ 467,54. O dos grevistas, pela mesma tabela, é R$ 250,46. O aumento seria de 86,67%.
O salário inicial, no entanto, é acrescido de uma série de gratificações. Se não houver alteração destas gratificações, o salário inicial das categorias em greve pode ir de R$ 4.200 para R$ 7.800, igual ao de delegados, um aumento de 85,71%.
O Ministério da Justiça alega que não há base jurídica para o pleito dos grevistas, uma vez que a lei, ao mesmo tempo que impõe a obrigatoriedade de um curso superior, estabelece uma tabela específica para os vencimentos.
A Fenapef contesta, dizendo que a tabela do Ministério do Planejamento diz, expressamente, que os salários atuais das categorias são de nível intermediário.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice