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06/05/2004 - 21h41

Policiais Federais suspendem greve para tentar reabrir negociações

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da Folha Online

Numa tentativa de retomar as negociações com o governo federal, os policiais federais, em greve desde o dia 9 de março, decidiram retornar ao trabalho nesta sexta-feira, devendo permanecer em atividade até a próxima quarta-feira.

Segundo o presidente da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), Francisco Garisto, a decisão foi tomada em assembléias nos sindicatos de cada Estado. "Vinte e uma unidades foram favoráveis ao retorno ao trabalho nos próximos dias. Seis foram contra, mas elas seguirão a decisão da maioria", afirmou.

Os sindicatos que se posicionaram contra a "trégua" foram os de Sergipe, Alagoas, Pará, Bahia, Amazonas e Mato Grosso do Sul. O presidente do Sindicato dos Policiais Federais da Bahia, João Carlos Sobral, já havia advertido que, em seu Estado, achava difícil a categoria querer suspender a paralisação.

Garisto afirmou que a suspensão da paralisação foi um pedido do presidente da Câmara, João Paulo (PT-SP). "Aprovamos e enviamos aos Estados uma proposta do João Paulo. Ele se comprometeu a nos ajudar a abrir negociações com o governo e a nos acompanhar", afirmou.

Nesta sexta-feira, Garisto deve se encontrar com João Paulo para conversar sobre a decisão dos grevistas e sobre quais medidas serão tomadas por parte do deputado para tentar reabrir as negociações com o governo.

Greve

Agentes, escrivães e papiloscopistas (especialistas em impressões digitais) da PF reivindicam o pagamento de salário equivalente a escolaridade de nível superior para as categorias em greve, com base na lei 9.266/96 que tornou obrigatório o terceiro grau para ingressar na PF.

Assim, um agente e um delegado ganhariam o mesmo salário-base. O dos delegados, de acordo com tabela do Ministério do Planejamento divulgada pela Fenapef, é, em início de carreira (segunda classe), R$ 467,54. O dos grevistas, pela mesma tabela, é R$ 250,46. O aumento seria de 86,67%.

O salário inicial, no entanto, é acrescido de uma série de gratificações. Se não houver alteração destas gratificações, o salário inicial das categorias em greve pode ir de R$ 4.200 para R$ 7.800, igual ao de delegados, um aumento de 85,71%.

O Ministério da Justiça alega que não há base jurídica para o pleito dos grevistas, uma vez que a lei, ao mesmo tempo que impõe a obrigatoriedade de um curso superior, estabelece uma tabela específica para os vencimentos.

A Fenapef contesta, dizendo que a tabela do Ministério do Planejamento diz, expressamente, que os salários atuais das categorias são de nível intermediário.

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