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09/05/2004
-
15h37
da Folha Online
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O Exército não participará de operações ofensivas --o popular "subir no morro"-- para trocar tiros com criminosos no Rio. Irá concentrar-se em ações de inteligência, apoio à polícia, cerco e eventual ocupação e varredura das favelas após conflitos.
A afirmação foi dada na semana passada pelo chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, general Augusto Heleno Ribeiro Pereira. Para ele, "não há solução militar" para o crime organizado no Rio, mas "o Exército fará sua parte" na tentativa de minimizar o problema.
A declaração de Pereira dá contornos técnicos ao discurso do governo federal, que tenta dar uma resposta política à questão da segurança pública no Rio por considerar que o ônus de imagens como a de um corpo em carrinho de mão acaba recaindo sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda que, constitucionalmente, o assunto seja estadual.
Ou seja, os militares podem até subir o morro, mas não querem fazer isso atirando --esse será trabalho da polícia. De todo modo, o formato final da operação será apresentado na semana que vem, e prevê a ação imediata.
Operação
Segundo Heleno, o Exército terá o chamado controle operacional da ação, mas isso não significa que fará o trabalho da polícia. "Quem vai subir o morro é a polícia, porque eles conhecem a situação", diz.
O Rio tem cerca de 40 mil policiais. O Exército prevê que serão utilizados os cerca de 4.000 soldados que haviam sido pedidos pela governadora Rosinha Matheus (PMDB).
Serão todos baseados no Rio, e, segundo Heleno, não haverá participação de batalhões de outros Estados, como chegou a ser especulado. A Brigada de Operações Especiais do Rio deverá colaborar com a maior parte dos soldados.
Uma reunião entre o governo federal e o governo do Rio deve definir, na próxima segunda-feira, os detalhes da ajuda das Forças Armadas.
Devem participar do encontro a governadora do Rio, Rosinha Matheus (PMDB), o secretário da Segurança do Estado, Anthony Garotinho, e os ministros da Defesa, José Viegas, da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e da Coordenação Política, Aldo Rebelo, que, segundo o governo fluminense, foi quem pediu a reunião.
Do encontro pode sair o termo de cooperação para formalizar a operação.
Pedido
Na última quarta-feira, durante almoço, a governadora e o secretário da Segurança entregaram aos comandantes militares do Estado as propostas que foram entregues por Rosinha a Lula, em 28 de abril, em Brasília.
Ao reiterar o pedido diretamente ao presidente, Rosinha disse que deixou claro que a utilização das tropas federais seria temporária, enquanto não entrar em operação o futuro Batalhão de Ocupação Permanente da Polícia Militar. A nova unidade da PM atuará de forma preventiva nas áreas mais violentas do Rio, como as favelas dos complexos do Alemão e da Maré.
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Exército atuará no Rio, mas diz que não subirá morro
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O Exército não participará de operações ofensivas --o popular "subir no morro"-- para trocar tiros com criminosos no Rio. Irá concentrar-se em ações de inteligência, apoio à polícia, cerco e eventual ocupação e varredura das favelas após conflitos.
A afirmação foi dada na semana passada pelo chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, general Augusto Heleno Ribeiro Pereira. Para ele, "não há solução militar" para o crime organizado no Rio, mas "o Exército fará sua parte" na tentativa de minimizar o problema.
A declaração de Pereira dá contornos técnicos ao discurso do governo federal, que tenta dar uma resposta política à questão da segurança pública no Rio por considerar que o ônus de imagens como a de um corpo em carrinho de mão acaba recaindo sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda que, constitucionalmente, o assunto seja estadual.
Ou seja, os militares podem até subir o morro, mas não querem fazer isso atirando --esse será trabalho da polícia. De todo modo, o formato final da operação será apresentado na semana que vem, e prevê a ação imediata.
Operação
Segundo Heleno, o Exército terá o chamado controle operacional da ação, mas isso não significa que fará o trabalho da polícia. "Quem vai subir o morro é a polícia, porque eles conhecem a situação", diz.
O Rio tem cerca de 40 mil policiais. O Exército prevê que serão utilizados os cerca de 4.000 soldados que haviam sido pedidos pela governadora Rosinha Matheus (PMDB).
Serão todos baseados no Rio, e, segundo Heleno, não haverá participação de batalhões de outros Estados, como chegou a ser especulado. A Brigada de Operações Especiais do Rio deverá colaborar com a maior parte dos soldados.
Uma reunião entre o governo federal e o governo do Rio deve definir, na próxima segunda-feira, os detalhes da ajuda das Forças Armadas.
Devem participar do encontro a governadora do Rio, Rosinha Matheus (PMDB), o secretário da Segurança do Estado, Anthony Garotinho, e os ministros da Defesa, José Viegas, da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e da Coordenação Política, Aldo Rebelo, que, segundo o governo fluminense, foi quem pediu a reunião.
Do encontro pode sair o termo de cooperação para formalizar a operação.
Pedido
Na última quarta-feira, durante almoço, a governadora e o secretário da Segurança entregaram aos comandantes militares do Estado as propostas que foram entregues por Rosinha a Lula, em 28 de abril, em Brasília.
Ao reiterar o pedido diretamente ao presidente, Rosinha disse que deixou claro que a utilização das tropas federais seria temporária, enquanto não entrar em operação o futuro Batalhão de Ocupação Permanente da Polícia Militar. A nova unidade da PM atuará de forma preventiva nas áreas mais violentas do Rio, como as favelas dos complexos do Alemão e da Maré.
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