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06/09/2000 - 14h37

PM detona pacote com bomba, mas artefato fica intacto

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LARISSA SQUEFF
da Folha Online

A Polícia Militar de São Paulo detonou, pouco depois das 14h30, a caixa que continha uma bomba e que foi enviada para a sede dos organizadores da Parada do Orgulho Gay de São Paulo.

Apesar da detonação da caixa, o artefato, um cano de PVC com fios e pilhas, ainda está intacto para realização de perícia. Ainda não se sabe o motivo de a bomba, com desenhos de suástica (símbolo nazista), não ter explodido.

A bomba foi encontrada hoje de manhã pelo vice-presidente da organização, Nelson Matias Pereira. "Vi a caixa e desconfiei que podia ser uma bomba", disse Pereira, que chamou a polícia.

O vice-presidente da associação afirmou que vem recebendo ameaças de morte há cerca de três meses e que está temendo por sua vida. O pacote contém o mesmo remetente da bomba (feita com pólvora) enviada ontem para o coordenador da Anistia Internacional em São Paulo.

Junto com as bombas, é enviada uma carta com palavras de ódio a negros, homossexuais e nordestinos.

A bomba de hoje fez com que a polícia interditasse uma área do centro da cidade onde fica a sede da organização, no edifício Andraus (avenida São João).

Outras ameaças

O deputado estadual Renato Simões (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa e o vereador Ítalo Cardoso (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal, receberam cartas que eram assinadas por um grupo de nazistas.

O documento afirma que aqueles que apóiam de alguma forma os gays, negros, judeus e nordestinos serão punidos por isso. As comissões de Direitos Humanos, entre outras coisas, defende o direito destes grupos.

O secretário de Segurança Pública, Marco Vinício Petrelluzzi, também recebeu a mesma carta e prometeu receber os parlamentares para tomar providências sobre o grupo de nazistas que está aterrorizando os líderes das minorias.

Também acontece hoje uma reunião da cúpula da polícia para definir como agir para reprimir esses atentados. A polícia teme que grupos de neonazistas resolvam fazer ataques nesta semana da pátria.

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