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13/05/2004 - 19h07

População enfrenta fila em unidades após fim da greve da PF

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da Folha Online

Apesar de os grevistas da Polícia Federal terem voltado ao trabalho nesta quinta-feira, a população enfrentou problemas em alguns locais para conseguir realizar serviços como a emissão de passaporte.

Em Campinas (95 km a noroeste de SP), por exemplo, os interessados em tirar passaporte tiveram que enfrentar uma longa fila. Algumas pessoas não conseguiram ser atendidas e foram orientadas a voltar outro dia.

Um agente da PF de Campinas ouvido pela reportagem disse que nesta quinta-feira o atendimento foi limitado a cerca de 60 pessoas devido à grande procura pelos serviços. Segundo o agente, que não quis se identificar, essa atitude deve continuar até que os serviços se normalizem.

Keiny Andrade/Folha Imagem
Policiais federais durante greve nacional que durou 61 dias
Segundo o vice-presidente da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), João Valderi de Souza, o atendimento das delegacias da PF está normal em todo o país, à exceção de Sergipe, onde, em assembléia, os grevistas foram contrários ao fim da paralisação.

Os demais Estados acataram o pedido de interrupção da greve feito pelo presidente da Câmara, João Paulo (PT-SP), para que a retomada das negociações não seja prejudicada.

Comunicado

O presidente da Fenapef, Francisco Carlos Garisto, enviou nesta quinta um documento para João Paulo comunicando oficialmente o fim da greve.

Diz o documento enviado por Garisto que os grevistas "concordaram com o retorno imediato ao trabalho e deixaram registrada a confiança total em Vossa Excelência na tarefa de abrir negociações com o governo federal".

A última posição do Ministério da Justiça foi enviada aos grevistas em meados de abril. O governo apresentou uma proposta de reajuste e avisou que, se ela não fosse aceita, encerraria a negociação. Desde então, grevistas e ministério não conversaram mais.

Greve

Agentes, escrivães e papiloscopistas (especialistas em impressões digitais) haviam entrado em greve no dia 9 de março. Eles reivindicam o pagamento de salário equivalente a escolaridade de nível superior, com base na lei 9.266/96 que tornou obrigatório o terceiro grau para ingressar na PF.

Assim, um agente e um delegado ganhariam o mesmo salário-base. O dos delegados, de acordo com tabela do Ministério do Planejamento divulgada pela Fenapef, é, em início de carreira (segunda classe), R$ 467,54. O dos grevistas, pela mesma tabela, é R$ 250,46. O aumento seria de 86,67%.

O salário inicial, no entanto, é acrescido de uma série de gratificações. Se não houver alteração destas gratificações, o salário inicial das categorias em greve pode ir de R$ 4.200 para R$ 7.800, igual ao de delegados, um aumento de 85,71%.

O Ministério da Justiça alega que não há base jurídica para o pleito dos grevistas, uma vez que a lei, ao mesmo tempo que impõe a obrigatoriedade de um curso superior, estabelece uma tabela específica para os vencimentos.

A Fenapef contesta, dizendo que a tabela do Ministério do Planejamento diz, expressamente, que os salários atuais das categorias são de nível intermediário.

Especial
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