Publicidade
Publicidade
17/05/2004
-
07h49
da Folha de S.Paulo
O secretário da Administração Penitenciária de São Paulo, Nagashi Furukawa, admite que a existência de bloqueadores de celulares já é, ela mesma, conseqüência de um problema: o fato de objetos proibidos continuarem chegando aos detentos.
Nessa frente --a de impedir a entrada dos aparelhos nos presídios--, o governo afirma que sua próxima aposta será implantar sistemas de raio x no acesso às unidades prisionais.
"Acabamos de concluir a compra de um aparelho. Ele será instalado para testes em Suzano [Grande SP] daqui a 30 ou 40 dias. Por ele passarão os jumbos [pacotes de comida e de objetos pessoais] levados aos presos", afirma o secretário.
Furukawa admite, no entanto, que aparelho nenhum será suficiente enquanto houver no sistema funcionários dispostos a vender regalias aos detentos.
Para tentar coibir esse tipo de comportamento, o secretário diz que tem reforçado fiscalizações e punições, mas afirma que "nunca se terá um quadro [de pessoal] 100% seguro".
Recursos
Os argumentos não encontram muito eco no Depen (Departamento Penitenciário Nacional), que já liberou recursos para a instalação de bloqueadores em presídios de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Não muito simpático à mudança nas regras da telefonia --sugestão que avalia como paliativa--, o diretor do órgão, Clayton Nunes, sustenta que a saída para evitar que o crime organizado continue sendo chefiado das cadeias é os Estados atacarem energicamente a fragilização da segurança dos presídios.
Enquanto a idéia de terceirizar o bloqueio de celulares não caminha, o governo do Estado de São Paulo faz testes para ampliar a sua rede de bloqueadores.
Já há recursos, segundo o secretário, para a instalação de aparelhos em mais seis unidades --Araraquara, Pirajuí 2, Tremembé 1, Itirapina 2, São Vicente 2 e Hortolândia 3.
Nesse caso, no entanto, os equipamentos já seriam capazes de bloquear todas as freqüências hoje utilizadas, mas mais uma vez ficariam obsoletos com a operação de serviços pessoais de mensagem em computadores de mão --em 3.500 MHz-- ou quando a terceira geração de celulares chegar ao Brasil --em 2.500 MHz.
"Ao final [dos testes], se acharmos que não vai valer o esforço, que não vai funcionar, não vamos instalar", afirmou Furukawa.
São Paulo vai usar raio x para detectar celulares
Publicidade
O secretário da Administração Penitenciária de São Paulo, Nagashi Furukawa, admite que a existência de bloqueadores de celulares já é, ela mesma, conseqüência de um problema: o fato de objetos proibidos continuarem chegando aos detentos.
Nessa frente --a de impedir a entrada dos aparelhos nos presídios--, o governo afirma que sua próxima aposta será implantar sistemas de raio x no acesso às unidades prisionais.
"Acabamos de concluir a compra de um aparelho. Ele será instalado para testes em Suzano [Grande SP] daqui a 30 ou 40 dias. Por ele passarão os jumbos [pacotes de comida e de objetos pessoais] levados aos presos", afirma o secretário.
Furukawa admite, no entanto, que aparelho nenhum será suficiente enquanto houver no sistema funcionários dispostos a vender regalias aos detentos.
Para tentar coibir esse tipo de comportamento, o secretário diz que tem reforçado fiscalizações e punições, mas afirma que "nunca se terá um quadro [de pessoal] 100% seguro".
Recursos
Os argumentos não encontram muito eco no Depen (Departamento Penitenciário Nacional), que já liberou recursos para a instalação de bloqueadores em presídios de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Não muito simpático à mudança nas regras da telefonia --sugestão que avalia como paliativa--, o diretor do órgão, Clayton Nunes, sustenta que a saída para evitar que o crime organizado continue sendo chefiado das cadeias é os Estados atacarem energicamente a fragilização da segurança dos presídios.
Enquanto a idéia de terceirizar o bloqueio de celulares não caminha, o governo do Estado de São Paulo faz testes para ampliar a sua rede de bloqueadores.
Já há recursos, segundo o secretário, para a instalação de aparelhos em mais seis unidades --Araraquara, Pirajuí 2, Tremembé 1, Itirapina 2, São Vicente 2 e Hortolândia 3.
Nesse caso, no entanto, os equipamentos já seriam capazes de bloquear todas as freqüências hoje utilizadas, mas mais uma vez ficariam obsoletos com a operação de serviços pessoais de mensagem em computadores de mão --em 3.500 MHz-- ou quando a terceira geração de celulares chegar ao Brasil --em 2.500 MHz.
"Ao final [dos testes], se acharmos que não vai valer o esforço, que não vai funcionar, não vamos instalar", afirmou Furukawa.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice