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18/05/2004
-
22h25
KAMILA FERNANDES
da Agência Folha, em Fortaleza
Um boato sobre a possível extinção da meia passagem de ônibus para estudantes causou confusão nesta terça-feira entre manifestantes e o batalhão de choque da Polícia Militar do Ceará, em frente à Câmara Municipal de Fortaleza.
No confronto, os manifestantes, a maioria deles estudantes, jogaram pedras nos policiais, que revidaram com cassetetes e até um tiro, disparado contra o chão.
Ninguém foi preso e também não houve feridos graves. Um vereador do PT, José Airton Cirilo, foi ferido nas costas por uma pedrada.
Havia um debate sobre transporte coletivo na Câmara, mas não sobre a extinção da meia passagem. A discussão era sobre a implantação de um sistema de bilhetagem eletrônico, já definido pela empresa que controla o sistema de ônibus no município, a Ettusa (Empresa Técnica de Transporte Urbano).
O sistema tem previsão de começar a funcionar em julho e está em fase de licitação. Os vereadores da oposição (formada por partidos ligados ao PT) decidiram discutir o assunto com o presidente da empresa, Flávio Aragão, em uma reunião fechada.
Ao saber do encontro, cerca de 200 estudantes, alguns ligados ao PSTU e ao grupo Crítica Radical --que em fevereiro deste ano jogou uma torta no ministro Ricardo Berzoini (Trabalho), então na pasta da Previdência Social-- tentaram invadir a Câmara e começaram a jogar pedras nos seis guardas municipais que fazem a segurança da casa.
A repressão começou com a chegada da PM, que mobilizou até um helicóptero. Uma manifestante chegou a ser arrastada pelos cabelos por um policial do batalhão de choque.
Logo após a confusão, uma comissão formada por manifestantes foi convidada a participar da discussão na Câmara. Policiais militares cercaram o grupo durante toda a discussão, que foi bastante acirrada. Os estudantes e vereadores de oposição acusam a Ettusa de tentar limitar o uso da meia passagem, o que foi negado por Aragão.
Policiais e estudantes entram em confronto no Ceará
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da Agência Folha, em Fortaleza
Um boato sobre a possível extinção da meia passagem de ônibus para estudantes causou confusão nesta terça-feira entre manifestantes e o batalhão de choque da Polícia Militar do Ceará, em frente à Câmara Municipal de Fortaleza.
No confronto, os manifestantes, a maioria deles estudantes, jogaram pedras nos policiais, que revidaram com cassetetes e até um tiro, disparado contra o chão.
Ninguém foi preso e também não houve feridos graves. Um vereador do PT, José Airton Cirilo, foi ferido nas costas por uma pedrada.
Havia um debate sobre transporte coletivo na Câmara, mas não sobre a extinção da meia passagem. A discussão era sobre a implantação de um sistema de bilhetagem eletrônico, já definido pela empresa que controla o sistema de ônibus no município, a Ettusa (Empresa Técnica de Transporte Urbano).
O sistema tem previsão de começar a funcionar em julho e está em fase de licitação. Os vereadores da oposição (formada por partidos ligados ao PT) decidiram discutir o assunto com o presidente da empresa, Flávio Aragão, em uma reunião fechada.
Ao saber do encontro, cerca de 200 estudantes, alguns ligados ao PSTU e ao grupo Crítica Radical --que em fevereiro deste ano jogou uma torta no ministro Ricardo Berzoini (Trabalho), então na pasta da Previdência Social-- tentaram invadir a Câmara e começaram a jogar pedras nos seis guardas municipais que fazem a segurança da casa.
A repressão começou com a chegada da PM, que mobilizou até um helicóptero. Uma manifestante chegou a ser arrastada pelos cabelos por um policial do batalhão de choque.
Logo após a confusão, uma comissão formada por manifestantes foi convidada a participar da discussão na Câmara. Policiais militares cercaram o grupo durante toda a discussão, que foi bastante acirrada. Os estudantes e vereadores de oposição acusam a Ettusa de tentar limitar o uso da meia passagem, o que foi negado por Aragão.
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