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24/05/2004
-
20h39
MARI TORTATO
da Agência Folha, em Curitiba
O Tribunal de Justiça do Paraná confirmou a sentença de um juiz de primeira instância condenando a mãe de um ex-skinhead a indenizar e pagar pensão à família de um negro assassinado no centro de Curitiba, em março de 1996.
Elayne Amaral de Castro Poniewas, a mãe do ex-skinhead, foi considerada responsável pelo crime do filho e condenada a pagar R$ 30 mil e pensão mensal até o ano em que a vítima completaria 65 anos, segundo decisão da semana passada dos desembargadores.
O iluminador de teatro Carlos Adilson Siqueira, então com 23 anos, morreu atingido por dois tiros na nuca, depois de abordado por um grupo de "carecas" --movimento de skinheads, que discrimina negros, homossexuais e nordestinos.
Então com 17 anos, Guilherme Amaral de Castro Walter, filho de Poniewas, disse à polícia que fez os disparos com a arma do padrasto. Ele chegou a pagar pelo crime recolhido por cinco anos em escola correcional.
A ação de indenização foi ajuizada pela mãe do rapaz assassinado, Laly Siqueira. Seus advogados disseram que ela dependia do filho para o sustento. O juiz do caso, Marco Antonio Antoniassi, livrou o pai do ex-skinhead da condenação por ele estar separado da mulher e não deter a guarda do filho à época do crime.
O advogado de Poniewas, José Maurício do Rego Barros, disse nesta segunda-feira ainda não saber se ela vai recorrer da sentença. Segundo Barros, Poniewas não tem recursos para bancar a pensão e a indenização ou mesmo as custas judiciais.
Ele disse que o rapaz mudou de cidade e tem emprego, mas não ajuda a mãe na ação, e que ela considera ter feito "tudo o que estava a seu alcance" para dar boa educação ao filho durante a infância e a adolescência.
Mãe de ex-skinhead terá de indenizar família de negro assassinado
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da Agência Folha, em Curitiba
O Tribunal de Justiça do Paraná confirmou a sentença de um juiz de primeira instância condenando a mãe de um ex-skinhead a indenizar e pagar pensão à família de um negro assassinado no centro de Curitiba, em março de 1996.
Elayne Amaral de Castro Poniewas, a mãe do ex-skinhead, foi considerada responsável pelo crime do filho e condenada a pagar R$ 30 mil e pensão mensal até o ano em que a vítima completaria 65 anos, segundo decisão da semana passada dos desembargadores.
O iluminador de teatro Carlos Adilson Siqueira, então com 23 anos, morreu atingido por dois tiros na nuca, depois de abordado por um grupo de "carecas" --movimento de skinheads, que discrimina negros, homossexuais e nordestinos.
Então com 17 anos, Guilherme Amaral de Castro Walter, filho de Poniewas, disse à polícia que fez os disparos com a arma do padrasto. Ele chegou a pagar pelo crime recolhido por cinco anos em escola correcional.
A ação de indenização foi ajuizada pela mãe do rapaz assassinado, Laly Siqueira. Seus advogados disseram que ela dependia do filho para o sustento. O juiz do caso, Marco Antonio Antoniassi, livrou o pai do ex-skinhead da condenação por ele estar separado da mulher e não deter a guarda do filho à época do crime.
O advogado de Poniewas, José Maurício do Rego Barros, disse nesta segunda-feira ainda não saber se ela vai recorrer da sentença. Segundo Barros, Poniewas não tem recursos para bancar a pensão e a indenização ou mesmo as custas judiciais.
Ele disse que o rapaz mudou de cidade e tem emprego, mas não ajuda a mãe na ação, e que ela considera ter feito "tudo o que estava a seu alcance" para dar boa educação ao filho durante a infância e a adolescência.
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