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30/05/2004
-
08h35
da Folha Online
da Folha de S.Paulo, no Rio
A polícia retomou na manhã deste domingo as negociações com os presos rebelados na Casa de Custódia de Benfica (zona norte do Rio). O fornecimento de água e luz foi cortado no local.
O motim começou por volta das 6h30 do sábado, após uma frustrada tentativa de fuga em massa. Oito pessoas ficaram feridas, sendo cinco presos e três policiais, mas eles não correm risco de morte.
Das 26 pessoas feitas reféns no início do conflito, duas foram libertadas pelos amotinados. Os reféns são agentes penitenciários e PMs reformados que integram uma cooperativa de prestação de serviços de segurança na cadeia.
Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária, 14 fugiram da cadeia, e três foram recapturados.
Ação
A rebelião começou quando os presos tomaram as armas dos guardas e tentaram fugir por um dos portões da unidade. Os PMs que estavam nas guaritas perceberam a ação e tentaram impedir a fuga.
Houve intenso tiroteio. Alguns presos foram baleados, e outros conseguiram fugir. Na fuga, roubaram pelo menos três carros.
Alvo de tiros, um policial que estava em uma guarita chegou a pular de uma altura de mais de quatro metros sobre colchões colocados por colegas.
Os presos que não conseguiram escapar atearam fogo em colchões e abriram buracos nas paredes internas da prisão. Os amotinados são vinculados à facção criminosa Comando Vermelho.
Cerco e pânico
Há informações, não confirmadas pela PM, de que antes da fuga um grupo de homens armados com fuzis, em vários carros, trocaram tiros com os policiais das guaritas e facilitaram a ação dos presos.
A Casa de Custódia e as ruas próximas foram cercadas pelas polícias Civil e Militar. A cadeia fica em área residencial.
O tiroteio entre presos e policiais teve reflexo nas ruas adjacentes à Casa de Custódia. Pelo menos três casas, um carro e o telhado de um bar foram atingidos por tiros trazendo pânico aos moradores.
Protesto
Parentes de presos fazem orações e reclamam da falta de informações oficiais sobre a situação na cadeia. Em protesto, Cláudia Regina Vieira, 37, mãe de um preso, chegou a tirar parte da roupa.
Inaugurada há três meses, a Casa de Custódia abrigava, antes da fuga, cerca de 900 presos. O local tem capacidade para 1.300 pessoas.
No mesmo prédio fica a carceragem do Ponto Zero, que abriga os presos com curso superior, como o ex-deputado Sergio Naya, o fiscal Rodrigo Silveirinha Corrêa e outros envolvidos no escândalo do Propinoduto.
Polícia retoma negociação com presos rebelados no Rio
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da Folha de S.Paulo, no Rio
A polícia retomou na manhã deste domingo as negociações com os presos rebelados na Casa de Custódia de Benfica (zona norte do Rio). O fornecimento de água e luz foi cortado no local.
O motim começou por volta das 6h30 do sábado, após uma frustrada tentativa de fuga em massa. Oito pessoas ficaram feridas, sendo cinco presos e três policiais, mas eles não correm risco de morte.
Das 26 pessoas feitas reféns no início do conflito, duas foram libertadas pelos amotinados. Os reféns são agentes penitenciários e PMs reformados que integram uma cooperativa de prestação de serviços de segurança na cadeia.
Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária, 14 fugiram da cadeia, e três foram recapturados.
Ação
A rebelião começou quando os presos tomaram as armas dos guardas e tentaram fugir por um dos portões da unidade. Os PMs que estavam nas guaritas perceberam a ação e tentaram impedir a fuga.
Houve intenso tiroteio. Alguns presos foram baleados, e outros conseguiram fugir. Na fuga, roubaram pelo menos três carros.
Alvo de tiros, um policial que estava em uma guarita chegou a pular de uma altura de mais de quatro metros sobre colchões colocados por colegas.
Os presos que não conseguiram escapar atearam fogo em colchões e abriram buracos nas paredes internas da prisão. Os amotinados são vinculados à facção criminosa Comando Vermelho.
Cerco e pânico
Há informações, não confirmadas pela PM, de que antes da fuga um grupo de homens armados com fuzis, em vários carros, trocaram tiros com os policiais das guaritas e facilitaram a ação dos presos.
A Casa de Custódia e as ruas próximas foram cercadas pelas polícias Civil e Militar. A cadeia fica em área residencial.
O tiroteio entre presos e policiais teve reflexo nas ruas adjacentes à Casa de Custódia. Pelo menos três casas, um carro e o telhado de um bar foram atingidos por tiros trazendo pânico aos moradores.
Protesto
Parentes de presos fazem orações e reclamam da falta de informações oficiais sobre a situação na cadeia. Em protesto, Cláudia Regina Vieira, 37, mãe de um preso, chegou a tirar parte da roupa.
Inaugurada há três meses, a Casa de Custódia abrigava, antes da fuga, cerca de 900 presos. O local tem capacidade para 1.300 pessoas.
No mesmo prédio fica a carceragem do Ponto Zero, que abriga os presos com curso superior, como o ex-deputado Sergio Naya, o fiscal Rodrigo Silveirinha Corrêa e outros envolvidos no escândalo do Propinoduto.
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