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30/05/2004 - 13h10

Presos libertam um refém e negociam com a polícia no Rio

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da Folha Online

Os presos rebelados na Casa de Custódia de Benfica (zona norte do Rio) libertaram neste domingo um dos policiais reformados que eram mantidos reféns. Outras 23 pessoas, entre agentes penitenciários e PMs reformados que integram uma cooperativa de prestação de serviços de segurança na cadeia, continuam nas mãos dos amotinados.

O fornecimento de água e luz foi cortado no local. O motim começou por volta das 6h30 do sábado, após uma frustrada tentativa de fuga em massa. Oito pessoas ficaram feridas, sendo cinco presos e três policiais, mas eles não correm risco de morte.

Vinte e seis pessoas foram feitas reféns. Duas já haviam sido liberadas no sábado. Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária, 14 presos fugiram da cadeia, e três foram recapturados.

Policiais e representantes do governo negociam com os presos. Inaugurada há três meses, a Casa de Custódia abrigava, antes da fuga, cerca de 900 presos. O local tem capacidade para 1.300 pessoas.

Ação

A rebelião começou quando os presos tomaram as armas dos guardas e tentaram fugir por um dos portões da unidade. Os PMs que estavam nas guaritas perceberam a ação e tentaram impedir a fuga.

Houve intenso tiroteio. Alguns presos foram baleados, e outros conseguiram fugir. Na fuga, roubaram pelo menos três carros.

Alvo de tiros, um policial que estava em uma guarita chegou a pular de uma altura de mais de quatro metros sobre colchões colocados por colegas.

Os presos que não conseguiram escapar atearam fogo em colchões e abriram buracos nas paredes internas da prisão. Os amotinados são vinculados à facção criminosa Comando Vermelho.

Cerco e pânico

Há informações, não confirmadas pela PM, de que antes da fuga um grupo de homens armados com fuzis, em vários carros, trocaram tiros com os policiais das guaritas e facilitaram a ação dos presos.

A Casa de Custódia e as ruas próximas foram cercadas pelas polícias Civil e Militar. A cadeia fica em área residencial.

O tiroteio entre presos e policiais teve reflexo nas ruas adjacentes à Casa de Custódia. Pelo menos três casas, um carro e o telhado de um bar foram atingidos por tiros trazendo pânico aos moradores.

Na cadeia fica a carceragem do Ponto Zero, que abriga os presos com curso superior, como o ex-deputado Sergio Naya, o fiscal Rodrigo Silveirinha Corrêa e outros envolvidos no escândalo do Propinoduto.

Com Folha de S.Paulo, no Rio
 

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