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07/09/2000
-
15h09
MILENA BUOSI
da Folha Online
A polícia de São Paulo já tem a descrição da pessoa que enviou uma bomba pelos Correios à Associação da Parada do Orgulho GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros) da cidade.
Segundo o delegado Marcos Ricardo Parra, titular da 1ª Delegacia da Divisão de Investigação sobre Crimes contra o Patrimônio do Depatri (Departamento de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio), foram ouvidos funcionários da agência dos Correios de onde foi postada a bomba.
A polícia já está elaborando um retrato falado da pessoa que despachou o artefato, que deve ser divulgado na próxima semana.
A bomba foi enviada ontem (6) e interceptada por Nelson Mathias Pereira, que presidiu a parada gay do ano passado. Policiais do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) retiraram o artefato do edifício Andraus, no centro de São Paulo, onde ficam os organizadores da parada, e detonou o artefato.
Dez pessoas do edifício já foram ouvidas pela polícia.
Na terça-feira, o coordenador de desenvolvimento da Anistia Internacional em São Paulo, José Eduardo Bernardes da Silva, recebeu uma bomba em sua casa, que também foi retirada do local pela polícia.
Para as duas entidades também foram enviadas cartas ameaçadoras assinadas por skinheads.
Nos últimos dias, outras entidades que defendem minorias também receberam ameaças de skinheads. Esse grupo tem ideologia neonazista e prega contra homossexuais, negros, nordestinos e judeus. A polícia investiga a possibilidade de os skinheads serem autores das ameaças.
A polícia já tem o retrato falado das pessoas que vinham ameaçando o funcionário da Anistia Internacional.
Parra deve investigar os dois casos, junto com policiais do Gradi (Grupo de Repressão e Análise dos Delitos de Intolerância).
Segundo Parra, a polícia já solicitou ao IC (Instituto de Criminalística do Estado de São Paulo) análise dos destroços dos explosivos. Serão feitos laudos de impressão digital, de DNA _em busca de identificação das pessoas que postaram as bombas_ e exame químico para determinar os explosivos utilizados. Ele não sabe quando esses exames ficam prontos.
"Faremos análise de impressões digitais para comparar com o sistema de dados da polícia", disse Parra durante cerimônia de entrega de carros policiais pelo governador Mário Covas (PSDB) nesta tarde.
Segundo o diretor do Depatri, Godofredo Bittencourt, e o delegado geral da Polícia Civil, Marco Antônio Desgualdo, que também estavam na cerimônia, deve ser traçado o perfil psicológico do mandante das bombas. Segundo eles, o perfil é importante para se verificar a razão dos atentados.
Clique aqui para ler mais notícias sobre as ameaças nazistas em São Paulo
Leia mais notícias de cotidiano na Folha Online
Polícia já tem a descrição da pessoa que mandou bomba para gays
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A polícia de São Paulo já tem a descrição da pessoa que enviou uma bomba pelos Correios à Associação da Parada do Orgulho GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros) da cidade.
Segundo o delegado Marcos Ricardo Parra, titular da 1ª Delegacia da Divisão de Investigação sobre Crimes contra o Patrimônio do Depatri (Departamento de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio), foram ouvidos funcionários da agência dos Correios de onde foi postada a bomba.
A polícia já está elaborando um retrato falado da pessoa que despachou o artefato, que deve ser divulgado na próxima semana.
A bomba foi enviada ontem (6) e interceptada por Nelson Mathias Pereira, que presidiu a parada gay do ano passado. Policiais do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) retiraram o artefato do edifício Andraus, no centro de São Paulo, onde ficam os organizadores da parada, e detonou o artefato.
Dez pessoas do edifício já foram ouvidas pela polícia.
Na terça-feira, o coordenador de desenvolvimento da Anistia Internacional em São Paulo, José Eduardo Bernardes da Silva, recebeu uma bomba em sua casa, que também foi retirada do local pela polícia.
Para as duas entidades também foram enviadas cartas ameaçadoras assinadas por skinheads.
Nos últimos dias, outras entidades que defendem minorias também receberam ameaças de skinheads. Esse grupo tem ideologia neonazista e prega contra homossexuais, negros, nordestinos e judeus. A polícia investiga a possibilidade de os skinheads serem autores das ameaças.
A polícia já tem o retrato falado das pessoas que vinham ameaçando o funcionário da Anistia Internacional.
Parra deve investigar os dois casos, junto com policiais do Gradi (Grupo de Repressão e Análise dos Delitos de Intolerância).
Segundo Parra, a polícia já solicitou ao IC (Instituto de Criminalística do Estado de São Paulo) análise dos destroços dos explosivos. Serão feitos laudos de impressão digital, de DNA _em busca de identificação das pessoas que postaram as bombas_ e exame químico para determinar os explosivos utilizados. Ele não sabe quando esses exames ficam prontos.
"Faremos análise de impressões digitais para comparar com o sistema de dados da polícia", disse Parra durante cerimônia de entrega de carros policiais pelo governador Mário Covas (PSDB) nesta tarde.
Segundo o diretor do Depatri, Godofredo Bittencourt, e o delegado geral da Polícia Civil, Marco Antônio Desgualdo, que também estavam na cerimônia, deve ser traçado o perfil psicológico do mandante das bombas. Segundo eles, o perfil é importante para se verificar a razão dos atentados.
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