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01/06/2004
-
23h51
da Folha Online
Terminou na noite desta terça-feira o primeiro dia de julgamento de Mateus da Costa Meira, 29, acusado de matar três pessoas e ferir outras cinco em uma das salas de cinema do MorumbiShopping, em 1999. Ele disse estar arrependido do crime.
Neste primeiro dia, Meira disse à juíza Maria Cecília Leone, do 1º Tribunal do Júri, que já sofreu vários surtos de agressividade, inclusive agredindo seu pai, Deolino Wanderley Meira, que teve três costelas quebradas. Ele também disse que, em 1995, cortou o próprio pulso com um bisturi durante uma discussão com o pai.
Além disso, o acusado disse que não se lembra do que aconteceu, mas que está arrependido do crime que cometeu. "Só me lembro de quando cheguei ao shopping [Morumbi] e quando as pessoas estavam me agarrando. Eu me arrependo", disse.
Julgamento
O julgamento de Meira, que ficou conhecido como o "atirador do shopping", começou às 15h, no Fórum Criminal da Barra Funda (zona oeste) e pode durar até quatro dias.
Antes do início do julgamento foram sorteados sete jurados. Quatro mulheres e três homens irão decidir se Meira é culpado ou não.
Atendendo a um pedido da defesa de Meira, a Justiça desmembrou o processo. Com isso, o julgamento de Marcos Almeida dos Santos, acusado de ter vendido para o estudante a arma usada no crime, deverá ficar para julho. A juíza determinou ainda que Santos responda ao processo em liberdade.
Tiros
O crime aconteceu na noite de 3 de novembro de 1999. Meira, armado com uma submetralhadora 9 mm, atirou contra pessoas que assistiam ao filme "Clube da Luta", na sala 5 do cinema.
À época do crime, Meira, que ficou conhecido como o atirador do shopping, cursava o 6º ano de medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Acusações
Na sala de cinema estavam mais de 60 pessoas. Meira foi denunciado em 1999 pelo Ministério Público por três homicídios e 36 tentativas, já que o pente da submetralhadora usada por ele tinha capacidade para 40 balas. Porém, um dos tiros havia sido disparado contra o espelho do banheiro do shopping.
Em 2002, uma decisão do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo atenuou as acusações. Ele responderá por três homicídios e quatro tentativas, além de colocar em risco a vida de 15 pessoas.
No início de 2003, o 1º Tribunal do Júri da Capital chegou a marcar o julgamento para o dia 4 de fevereiro, mas foi adiado.
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Terminou na noite desta terça-feira o primeiro dia de julgamento de Mateus da Costa Meira, 29, acusado de matar três pessoas e ferir outras cinco em uma das salas de cinema do MorumbiShopping, em 1999. Ele disse estar arrependido do crime.
Neste primeiro dia, Meira disse à juíza Maria Cecília Leone, do 1º Tribunal do Júri, que já sofreu vários surtos de agressividade, inclusive agredindo seu pai, Deolino Wanderley Meira, que teve três costelas quebradas. Ele também disse que, em 1995, cortou o próprio pulso com um bisturi durante uma discussão com o pai.
Além disso, o acusado disse que não se lembra do que aconteceu, mas que está arrependido do crime que cometeu. "Só me lembro de quando cheguei ao shopping [Morumbi] e quando as pessoas estavam me agarrando. Eu me arrependo", disse.
R.Cavallari/Folha Imagem |
Mateus Meira |
O julgamento de Meira, que ficou conhecido como o "atirador do shopping", começou às 15h, no Fórum Criminal da Barra Funda (zona oeste) e pode durar até quatro dias.
Antes do início do julgamento foram sorteados sete jurados. Quatro mulheres e três homens irão decidir se Meira é culpado ou não.
Atendendo a um pedido da defesa de Meira, a Justiça desmembrou o processo. Com isso, o julgamento de Marcos Almeida dos Santos, acusado de ter vendido para o estudante a arma usada no crime, deverá ficar para julho. A juíza determinou ainda que Santos responda ao processo em liberdade.
Tiros
O crime aconteceu na noite de 3 de novembro de 1999. Meira, armado com uma submetralhadora 9 mm, atirou contra pessoas que assistiam ao filme "Clube da Luta", na sala 5 do cinema.
À época do crime, Meira, que ficou conhecido como o atirador do shopping, cursava o 6º ano de medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Acusações
Na sala de cinema estavam mais de 60 pessoas. Meira foi denunciado em 1999 pelo Ministério Público por três homicídios e 36 tentativas, já que o pente da submetralhadora usada por ele tinha capacidade para 40 balas. Porém, um dos tiros havia sido disparado contra o espelho do banheiro do shopping.
Em 2002, uma decisão do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo atenuou as acusações. Ele responderá por três homicídios e quatro tentativas, além de colocar em risco a vida de 15 pessoas.
No início de 2003, o 1º Tribunal do Júri da Capital chegou a marcar o julgamento para o dia 4 de fevereiro, mas foi adiado.
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