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10/06/2004 - 14h12

Exército atuará na segurança pública em casos especiais, diz Viegas

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da Folha Online

As Forças Armadas deverão atuar na segurança pública do país em casos especiais, em áreas previamente estabelecidas e por tempo limitado, disse o ministro da Defesa, José Viegas. Nesta semana, o Senado aprovou o projeto de lei que garante a participação do Exército, Marinha e Aeronáutica na defesa da segurança pública e no combate ao crime organizado.

Para o ministro, a atuação das Forças Armadas não significará que elas terão poder de polícia. As declarações foram dadas durante debate no programa "Diálogo Brasil", exibido na quarta-feira pela TV Nacional. Viegas enfatizou a necessidade de não se confundir os papéis das Forças Armadas no combate ao narcotráfico.

"O projeto não autoriza o combate ao crime organizado em todo o país. Ele é prudente. Não é verdade que o Exército disponha de poder de polícia em áreas urbanas. Isso não está contemplado no projeto", disse.

Viegas afirmou que o projeto prevê a participação do Exército em ações preventivas e repressivas na área de fronteira, assim como permite aos militares da Marinha atuação de combate ao crime em águas territoriais e zonas portuárias, e aos homens da Aeronáutica atuação nas zonas aeroportuárias e no espaço aéreo nacional.

O projeto ainda precisa ser votado pela Câmara para que as Forças Armadas recebam as novas atribuições.

Aviões

Durante o debate, o ministro também adiantou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é quem vai dar a palavra final sobre a compra de novos aviões caça F-X para a FAB (Força Aérea Brasileira).

Segundo Viegas, o presidente só vai autorizar a compra depois de ouvir o Conselho de Defesa Nacional --órgão colegiado formado por vários ministros, pelo próprio presidente da República e pelos presidentes da Câmara e do Senado, e que pode ser convocado a qualquer tempo pelo presidente para discutir questões de segurança nacional.

O ministro disse que Lula vai ouvir, durante a reunião do Conselho, opiniões de todas as autoridades envolvidas na compra dos aviões antes de dar a palavra final.

"O presidente com isso poderá tomar a decisão que ele julgar conveniente. Eu antecipo que o Ministério da Defesa e a Força Aérea Brasileira aguardam esta decisão do presidente com absoluto acatamento para levar em frente as conseqüências", disse Viegas.

A compra dos aviões é um tema discutido pelo governo federal desde a posse de Lula. O anúncio da empresa vencedora da licitação para a compra das aeronaves supersônicas, que substituirão os atuais caças Mirage foi adiada pelo governo por questões orçamentárias --os novos aviões devem custar cerca de US$ 700 milhões.

Outra alternativa ainda não descartada pelo Executivo é a compra de aviões caça usados, o que reduziria os gastos da União e atenderia às necessidades da FAB. No entanto, a Aeronáutica já deixou claro que a compra de novos caças é uma prioridade para a segurança nacional, por causa dos problemas técnicos e do tempo de uso dos Mirage.

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