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27/06/2004
-
05h21
da Folha de S.Paulo, no Rio
O apicultor Adilson Antônio de Lacerda, 66, foi o responsável pela descoberta do aqueduto e também quem providenciou a limpeza do local.
Durante três meses, reunido por ele, um grupo de seis voluntários retirou o mato que cobria um trecho de 2 km das canaletas de pedra, a partir do ponto de captação da água. Por causa da defesa das matas, o ambientalista foi ameaçado.
Lacerda mora na Colônia Juliano Moreira desde os 10 anos --seu avô foi um dos primeiros funcionários da unidade de tratamento psiquiátrico.
"Estive muitas vezes na área do aqueduto, quando era mais novo. Como a construção nunca foi preservada, o mato já cobria tudo. As canaletas sumiram. Há dois anos, quando abríamos [ele e os ambientalistas que costumam acompanhá-lo nas caminhadas] trilhas para impedir a propagação do fogo na mata, nos deparamos com um trecho de pedra. Logo o reconheci: era um trecho do aqueduto", disse à Folha.
Após a descoberta, o ambientalista decidiu limpar o mato em volta do aqueduto. Teve a ajuda de colegas da colônia, voluntários contra incêndios.
Aposentado, Lacerda trabalhou na colônia como terapeuta educacional. Há décadas coleta mel nas matas da região. Foi um dos criadores, em 1997, da ONG (organização não-governamental) SOS Floresta da Pedra Branca, empenhada em combater as agressões ambientais sofridas pelo parque.
A luta contra os caçadores, os agricultores que derrubam a mata e os criadores de gado, que estão transformam florestas em pasto, já rendeu a Lacerda algumas ameaças de morte.
As ameaças começaram depois que o ambientalista levou à floresta uma equipe do Corpo de Bombeiros. Em uma caverna, o grupo achou e destruiu armamentos e armadilhas.
No fim de 2003, Lacerda foi atacado por um homem armado de facão, que ameaçou: se continuar denunciando caçadores, agricultores e criadores, Lacerda será morto.
Mesmo preocupado, o ambientalista não anda armado nem tem seguranças a protegê-lo. Só contou ao Ministério Público estadual as ameaças.
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Durante três meses, reunido por ele, um grupo de seis voluntários retirou o mato que cobria um trecho de 2 km das canaletas de pedra, a partir do ponto de captação da água. Por causa da defesa das matas, o ambientalista foi ameaçado.
Lacerda mora na Colônia Juliano Moreira desde os 10 anos --seu avô foi um dos primeiros funcionários da unidade de tratamento psiquiátrico.
"Estive muitas vezes na área do aqueduto, quando era mais novo. Como a construção nunca foi preservada, o mato já cobria tudo. As canaletas sumiram. Há dois anos, quando abríamos [ele e os ambientalistas que costumam acompanhá-lo nas caminhadas] trilhas para impedir a propagação do fogo na mata, nos deparamos com um trecho de pedra. Logo o reconheci: era um trecho do aqueduto", disse à Folha.
Após a descoberta, o ambientalista decidiu limpar o mato em volta do aqueduto. Teve a ajuda de colegas da colônia, voluntários contra incêndios.
Aposentado, Lacerda trabalhou na colônia como terapeuta educacional. Há décadas coleta mel nas matas da região. Foi um dos criadores, em 1997, da ONG (organização não-governamental) SOS Floresta da Pedra Branca, empenhada em combater as agressões ambientais sofridas pelo parque.
A luta contra os caçadores, os agricultores que derrubam a mata e os criadores de gado, que estão transformam florestas em pasto, já rendeu a Lacerda algumas ameaças de morte.
As ameaças começaram depois que o ambientalista levou à floresta uma equipe do Corpo de Bombeiros. Em uma caverna, o grupo achou e destruiu armamentos e armadilhas.
No fim de 2003, Lacerda foi atacado por um homem armado de facão, que ameaçou: se continuar denunciando caçadores, agricultores e criadores, Lacerda será morto.
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