Publicidade
Publicidade
02/07/2004
-
22h12
THIAGO GUIMARÃES
da Agência Folha, em Belo Horizonte
Numa sessão com oito horas de duração, a Câmara de Alfenas (335 km de Belo Horizonte) aprovou na quinta-feira, por unanimidade, a cassação do prefeito afastado José Wurtemberg Manso (sem partido).
Manso foi filmado em seu gabinete distribuindo maços de dinheiro a sete vereadores do município. Nas fitas, diz também ter pago outro vereador com um cheque de sua mulher. Em março, uma ex-funcionária da prefeitura divulgou as gravações, feitas em 2002.
Para a Polícia Civil e o Ministério Público, Manso negociava a aprovação de projetos de seu interesse na Câmara. Teria filmado os encontros como forma de pressionar os vereadores a não delatar o suposto esquema.
Em abril, a Justiça de Alfenas concedeu liminar (decisão provisória) em ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público. Determinou o afastamento e tornou indisponíveis os bens de Manso, da ex-chefe de gabinete da prefeitura e dos oito vereadores envolvidos.
Com esquema especial de segurança, a sessão de quinta-feira na Câmara encerrou os trabalhos da comissão processante que investigou o caso. Os 15 vereadores --os oito envolvidos renunciaram em abril-- responderam "sim" às duas perguntas feitas pelo presidente da Casa, Luiz Antônio Bruzadelli (PFL): se a atitude do prefeito poderia ser considerada falta de decoro e se a divulgação das imagens prejudicou os trabalhos do Legislativo.
No Ministério Público, há sete investigações em curso envolvendo Manso --uma já resultou em denúncia (acusação formal) por fraude em licitação pública e superfaturamento de contrato. Desde seu afastamento, assumiu o cargo o vice-prefeito José Batista Neto (PPS).
Manso, que cumpria seu terceiro mandato na Prefeitura de Alfenas, não foi localizado. A Agência Folha também tentou localizar seu advogado, Luiz Cláudio Rezende, mas o número de telefone cadastrado na seccional mineira da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) não estava funcionando.
Especial
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre o caso
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre casos de suspeita de corrupção
Câmara cassa prefeito de Alfenas (MG) acusado de improbidade
Publicidade
da Agência Folha, em Belo Horizonte
Numa sessão com oito horas de duração, a Câmara de Alfenas (335 km de Belo Horizonte) aprovou na quinta-feira, por unanimidade, a cassação do prefeito afastado José Wurtemberg Manso (sem partido).
Manso foi filmado em seu gabinete distribuindo maços de dinheiro a sete vereadores do município. Nas fitas, diz também ter pago outro vereador com um cheque de sua mulher. Em março, uma ex-funcionária da prefeitura divulgou as gravações, feitas em 2002.
Para a Polícia Civil e o Ministério Público, Manso negociava a aprovação de projetos de seu interesse na Câmara. Teria filmado os encontros como forma de pressionar os vereadores a não delatar o suposto esquema.
Em abril, a Justiça de Alfenas concedeu liminar (decisão provisória) em ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público. Determinou o afastamento e tornou indisponíveis os bens de Manso, da ex-chefe de gabinete da prefeitura e dos oito vereadores envolvidos.
Com esquema especial de segurança, a sessão de quinta-feira na Câmara encerrou os trabalhos da comissão processante que investigou o caso. Os 15 vereadores --os oito envolvidos renunciaram em abril-- responderam "sim" às duas perguntas feitas pelo presidente da Casa, Luiz Antônio Bruzadelli (PFL): se a atitude do prefeito poderia ser considerada falta de decoro e se a divulgação das imagens prejudicou os trabalhos do Legislativo.
No Ministério Público, há sete investigações em curso envolvendo Manso --uma já resultou em denúncia (acusação formal) por fraude em licitação pública e superfaturamento de contrato. Desde seu afastamento, assumiu o cargo o vice-prefeito José Batista Neto (PPS).
Manso, que cumpria seu terceiro mandato na Prefeitura de Alfenas, não foi localizado. A Agência Folha também tentou localizar seu advogado, Luiz Cláudio Rezende, mas o número de telefone cadastrado na seccional mineira da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) não estava funcionando.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice