Publicidade
Publicidade
03/07/2004
-
02h31
PEDRO DIAS LEITE
da Folha de S.Paulo
Os serviços de manobristas em São Paulo agora serão obrigados a obter autorização da prefeitura e a cumprir uma série de regras para continuar funcionando, como ter estacionamento próprio e seguro. As empresas têm quatro meses para se regularizarem.
Atualmente, todos os serviços de manobristas em bares, restaurantes e casas noturnas de São Paulo são irregulares, porque não existia nenhuma lei até então para tratar da questão.
Com isso, fica muito difícil conseguir reparação quando o carro é multado, roubado ou batido nas mãos de manobristas.
Com a lei regulamentada ontem pela prefeita Marta Suplicy (PT), as empresas são obrigadas a contratar seguro contra incêndio, roubo, furto e batidas. Além disso, têm de informar aos motoristas onde estacionam os carros e deixar, em local visível, o preço cobrado pelo serviço.
A lei, de autoria do vereador William Woo (PSDB), também deve melhorar a vida dos moradores de áreas mais badaladas da cidade, como Vila Madalena e Vila Olímpia (ambas na zona oeste).
Pelo texto, as empresas são obrigadas a ter estacionamento próprio e a realizar um estudo de impacto na vizinhança. Hoje, muitas delas param os carros na rua, bloqueando garagens e loteando as calçadas, "guardadas" com cones.
Todas as firmas em funcionamento têm, ainda, de apresentar às subprefeituras da área em que estão um croqui com a localização do seu estacionamento, os trajetos de ida e volta e o espaço que planejam ocupar na calçada e na rua para o embarque e desembarque dos motoristas. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e o DSV (Departamento de Operação do Sistema Viário) vão analisar os estudos.
Também serão cobrados das empresas R$ 1.000 por ano de cada um dos pontos de embarque e desembarque que elas tiverem.
As 31 subprefeituras paulistanas têm hoje cerca de 700 fiscais para vistoriar irregularidades, muitos deles especializados em só um aspecto. Segundo o secretário das Subprefeituras, Carlos Zarattini, está em andamento um plano para transformar esses funcionários em fiscais mais "globais", aptos a verificar todo tipo de problema.
"Nossa idéia não é especializar o fiscal, senão ele vai lá ver o valet, mas não repara na mesa em cima da calçada", disse o secretário. De acordo com Zarattini, essa fiscalização mais ampla deve estar em pleno funcionamento somente dentro de um ano, em razão do treinamento dos funcionários.
Um dos avanços da lei é responsabilizar tanto a empresa de manobristas quanto o estabelecimento que ela atende por eventuais prejuízos, o que torna mais fácil a reparação.
A Secretaria das Subprefeituras, responsável pela fiscalização, informou que, a partir de novembro (fim do prazo para regularização), quem se sentir prejudicado --tanto moradores quanto motoristas-- deve ligar para o telefone 156, que funciona 24 horas por dia. De lá, o serviço encaminhará a reclamação para a subprefeitura da área, que cuidará do caso.
A entidade das empresas de manobristas também tem um serviço de denúncias e reclamações, que pode ser acionado pelo telefone 3283-2351. Segundo a assessoria do vereador Woo, o cidadão também pode recorrer à polícia.
A questão da irregularidade se arrasta há anos. Em 2002, o Tribunal de Contas do Município já tinha considerado irregulares todas empresas de manobristas e determinado a suspensão de suas atividades. Em 2003, a prefeitura realizou, sem sucesso, blitze para coibir as irregularidades.
Leia mais
Para entidade, medidas irão acabar com 70% das empresas de manobristas
Especial
Veja o que já foi publicado sobre as empresas de manobristas
Prefeitura de SP impõe regras para empresas de manobristas
Publicidade
da Folha de S.Paulo
Os serviços de manobristas em São Paulo agora serão obrigados a obter autorização da prefeitura e a cumprir uma série de regras para continuar funcionando, como ter estacionamento próprio e seguro. As empresas têm quatro meses para se regularizarem.
Atualmente, todos os serviços de manobristas em bares, restaurantes e casas noturnas de São Paulo são irregulares, porque não existia nenhuma lei até então para tratar da questão.
Com isso, fica muito difícil conseguir reparação quando o carro é multado, roubado ou batido nas mãos de manobristas.
Com a lei regulamentada ontem pela prefeita Marta Suplicy (PT), as empresas são obrigadas a contratar seguro contra incêndio, roubo, furto e batidas. Além disso, têm de informar aos motoristas onde estacionam os carros e deixar, em local visível, o preço cobrado pelo serviço.
A lei, de autoria do vereador William Woo (PSDB), também deve melhorar a vida dos moradores de áreas mais badaladas da cidade, como Vila Madalena e Vila Olímpia (ambas na zona oeste).
Pelo texto, as empresas são obrigadas a ter estacionamento próprio e a realizar um estudo de impacto na vizinhança. Hoje, muitas delas param os carros na rua, bloqueando garagens e loteando as calçadas, "guardadas" com cones.
Todas as firmas em funcionamento têm, ainda, de apresentar às subprefeituras da área em que estão um croqui com a localização do seu estacionamento, os trajetos de ida e volta e o espaço que planejam ocupar na calçada e na rua para o embarque e desembarque dos motoristas. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e o DSV (Departamento de Operação do Sistema Viário) vão analisar os estudos.
Também serão cobrados das empresas R$ 1.000 por ano de cada um dos pontos de embarque e desembarque que elas tiverem.
As 31 subprefeituras paulistanas têm hoje cerca de 700 fiscais para vistoriar irregularidades, muitos deles especializados em só um aspecto. Segundo o secretário das Subprefeituras, Carlos Zarattini, está em andamento um plano para transformar esses funcionários em fiscais mais "globais", aptos a verificar todo tipo de problema.
"Nossa idéia não é especializar o fiscal, senão ele vai lá ver o valet, mas não repara na mesa em cima da calçada", disse o secretário. De acordo com Zarattini, essa fiscalização mais ampla deve estar em pleno funcionamento somente dentro de um ano, em razão do treinamento dos funcionários.
Um dos avanços da lei é responsabilizar tanto a empresa de manobristas quanto o estabelecimento que ela atende por eventuais prejuízos, o que torna mais fácil a reparação.
A Secretaria das Subprefeituras, responsável pela fiscalização, informou que, a partir de novembro (fim do prazo para regularização), quem se sentir prejudicado --tanto moradores quanto motoristas-- deve ligar para o telefone 156, que funciona 24 horas por dia. De lá, o serviço encaminhará a reclamação para a subprefeitura da área, que cuidará do caso.
A entidade das empresas de manobristas também tem um serviço de denúncias e reclamações, que pode ser acionado pelo telefone 3283-2351. Segundo a assessoria do vereador Woo, o cidadão também pode recorrer à polícia.
A questão da irregularidade se arrasta há anos. Em 2002, o Tribunal de Contas do Município já tinha considerado irregulares todas empresas de manobristas e determinado a suspensão de suas atividades. Em 2003, a prefeitura realizou, sem sucesso, blitze para coibir as irregularidades.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice