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06/07/2004 - 02h43

Ambulantes da rua 25 de Março dizem que vão enfrentar fiscais

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da Folha de S.Paulo

Embora não saibam exatamente como vão se organizar quando a GCM iniciar a fiscalização, os camelôs da região central afirmam duas coisas: que vão enfrentar o policiamento e que saem das ruas se a prefeitura oferecer uma alternativa de trabalho.

Um camelô que não quis se identificar disse que não vai parar de trabalhar, mesmo não tendo TPU (Termo de Permissão de Uso). "A gente vai enfrentar [a polícia]. Só sai se vier a tropa de choque", afirmou.

"Estamos todos desempregados. Nossa sobrevivência é essa", afirma outro camelô que também preferiu não se identificar. Ele afirmou ser legalizado, mas não quis mostrar a TPU e disse estar preocupado com os colegas. Segundo ele, "quando a polícia chegar, vai ter confusão".

A Subprefeitura da Sé afirmou que a idéia é sempre evitar o confronto. Para isso, existem algumas estratégias, como, por exemplo, ocupar as ruas antes da chegada dos camelôs e impedir que eles montem as suas barracas.

No entanto, mesmo nesses casos, os ambulantes prevêem confronto. Eles afirmam que, se a GCM ocupar as ruas, eles vão se organizar e obrigar o comércio a fechar as portas.

O secretário de Segurança Urbana, Benedito Mariano, não quis comentar as ameaças.

Além das ameaças e previsões de confusão, os camelôs afirmam que o trabalho como ambulante foi a solução que encontraram para o problema do desemprego. "A Marta vai dar outro trabalho pra gente? Ou vai deixar a gente de braços cruzados?", questionam.

Em meio a perguntas e manifestações indignadas, os camelôs dizem que, no ano passado, se cadastraram num programa da prefeitura, "mas não deu em nada".

A referência é ao Programa Operação Trabalho, criado pela Secretaria do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade. Na ocasião, foram abertas 850 vagas para camelôs irregulares. Como se cadastraram cerca de 6.000, muitos ficaram --e continuam-- sem alternativa ao trabalho informal.

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