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19/07/2004 - 03h37

Planos diretores regionais propõem mais ciclovias em SP

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AMARÍLIS LAGE
da Folha de S.Paulo

Há um ano e meio, diante do carro quebrado, Edward Zvingila, 38, resolveu ir de sua casa, no Cambuci (centro de São Paulo), à escola em que trabalha, em Pinheiros (zona oeste), de bicicleta. A distância: 10 km. Hoje, totalmente adepto da atividade, pedala até 40 km por dia.

Ele ganhou resistência física e bom humor --"a atividade libera endorfinas", diz. Mas reconhece: "Os ciclistas estão sujeitos a muitos perigos nas ruas da cidade. Isso é uma selva, os carros não respeitam, as motocicletas quase passam por cima. Tenho cicatrizes de vários acidentes".

Para os paulistanos que, como Zvingila, apostam na bicicleta como um meio de transporte alternativo mas sofrem com o trânsito, os planos diretores regionais podem trazer uma boa notícia: a criação de dezenas de ciclovias na cidade. Os planos definem as propostas urbanísticas para as 31 subprefeituras da cidade.

A Subprefeitura de Pinheiros, por exemplo, estabeleceu que até 2006 devem ser instaladas cinco ciclovias, já discriminadas no plano. Ao todo, são 24,6 km, o que corresponde ao triplo das ciclovias existentes na cidade.

Atualmente, os ciclistas dispõem de vias exclusivas em trechos das avenidas Faria Lima, Sumaré e Água Espraiada, além de um circuito no Jardim Luzitânia. Juntas, elas correspondem a 8 km.

Dos 31 planos regionais, o da Cidade Ademar (zona sul) é o que mais propôs ciclovias. São 11 trechos, dos quais nove são próximos da represa Billings.

Falta de verbas

Segundo a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, desde 1997 não são feitas vias para ciclistas por falta de verbas. Cada quilômetro custa cerca de R$ 100 mil. Os planos regionais não indicam de onde podem vir os recursos.

O secretário de Planejamento, Jorge Wilheim, disse que a prefeitura pretende até o fim deste ano selecionar uma faixa das principais avenidas para, aos domingos, reservá-las para ciclistas.

"Vai ser uma experiência. Isso implica apenas sinalização, pintura de faixas, é mais simples que uma ciclovia", disse. Segundo Wilheim, o plano diretor estratégico também obriga todas as estações de metrô e de trem a oferecerem estacionamentos para bicicleta.

Especial
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