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21/07/2004 - 13h57

Moradores do Palace 2 vão receber parte da indenização

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da Folha Online

O juiz em exercício na 4ª Vara Empresarial do Rio, Luis Felipe Salomão, determinou que o dinheiro arrecadado com a venda do Hotel Saint Paul Park, em Brasília, que pertencia ao ex-deputado Sergio Naya, seja rateado entre as 81 famílias que ainda não receberam indenização e os advogados da Associação das Vítimas do Palace 2. Cada família e o escritório de advocacia receberão R$ 114.963,41.

O pagamento com a venda do hotel vai permitir que as famílias recebam cerca de 40% do que lhes é devido. O juiz espera começar a fazer os pagamentos na próxima semana. Cada família deverá comparecer à 4ª Vara Empresarial para receber mandados de pagamento nominal. O leilão do hotel ocorreu em maio.


F. Varanda/Folha Imagem
O ex-deputado Sergio Naya
Segundo a Justiça do Rio, para conseguir ratear os quase R$ 9,427 milhões obtidos com a venda do hotel, o juiz teve de buscar jurisprudência, uma vez que havia outros credores de Naya que recorreram à Justiça. Até mesmo a União entrou com pedidos de pagamento de impostos atrasados.

Em seu argumento, divulgado na terça-feira, o juiz afirmou que a Justiça mantém centenas de bens de Naya indisponíveis desde 1998 e que eles são mais do que suficientes para pagar todos os débitos do ex-deputado.

O rateio foi feito por meio de acordo entre o Ministério Público Estadual e a Associação das Vítimas do Palace 2. Havia a possibilidade de pagar integralmente as famílias mais necessitadas, mas optou-se pela divisão dos valores em partes iguais.

Na mesma decisão, o juiz mandou leiloar novamente o Hotel Saint Peter do ex-deputado, que fica em Brasília e está avaliado em mais de R$ 42 milhões, e ainda um terreno na avenida das Américas, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, avaliado em R$ 40 milhões.

Prisão

Naya era dono da construtura Sersan, responsável pela construção do edifício Palace 2, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio), cujo desabamento, em fevereiro de 1998, provocou a morte de oito pessoas.

O ex-deputado chegou a ser preso por duas vezes. Na primeira, ele ficou na cadeia entre 15 de dezembro de 1999 e 11 de janeiro de 2000. Depois, foi detido em 15 de março e liberado, após decisão judicial, em 1 de julho.

Especial
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