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28/07/2004
-
02h48
da Folha de S.Paulo, no Rio
Denúncias recebidas pela Corregedoria Geral Unificada do governo do Estado do Rio acusam policiais militares do 20º Batalhão (Mesquita, Baixada Fluminense) e do RPMont (Regimento de Polícia Montada) de cobrar propina de motoristas para a liberação de veículos irregulares.
Segundo agentes da Corregedoria --vinculada à Secretaria Estadual de Direitos Humanos--, o suposto esquema de corrupção nas duas unidades é parecido com o descoberto no último final de semana no 15º Batalhão (Duque de Caxias, Baixada Fluminense).
Anteontem, o comandante do 15º Batalhão, tenente-coronel Hiran de Carvalho, e o subcomandante, tenente-coronel Jaime Teodoro dos Santos, foram afastados de seus cargos. Os dois comandariam um esquema de recebimento de propinas de motoristas de vans, em troca de anistia de multas para os que trafegavam com veículos irregulares.
O secretário de Segurança, Anthony Garotinho, admite que pode mudar a cúpula das polícias devido às acusações de envolvimento de policiais com crimes.
Segundo denúncias encaminhadas à Corregedoria Unificada do Rio, motoristas de cooperativas de vans, em Campo Grande (zona oeste do Rio), pagavam, semanalmente, R$ 500 a oficiais do Regimento de Polícia Montada para liberar veículos irregulares.
O esquema começaria no setor de planejamento. O motorista entregava a documentação do veículo a um oficial. Se fosse constatada irregularidade, o caso era remetido ao subcomandante, que, para liberar o veículo, cobrava propina, segundo denúncias.
No caso do 20º Batalhão, os motoristas afirmaram haver policiais que cobravam propinas para liberar veículos abordados durante blitze. Para carros e táxis irregulares os policiais exigiriam de R$ 2 a R$ 5; para vans, até R$ 10; no caso de caminhões, R$ 50.
A corregedoria não divulgou os nomes dos policiais acusados.
Agentes da Corregedoria Geral Unificada afirmaram à Folha que não deram seqüências às investigações por falta de efetivo.
Segundo eles, a equipe operacional do órgão só dispõe, por dia, de dois policiais para atuarem na rua. As duas investigações foram repassadas para a Corregedoria da PM (Polícia Militar).
O corregedor-geral, delegado José Vercillo Filho, negou que o órgão esteja repassando as investigações por falta de efetivo. A corregedoria apura crimes cometidos por PMs, policiais civis e bombeiros.
Outro lado
O comandante do 20º Batalhão da Polícia Militar, coronel Francisco D'Ambrósio, negou as acusações de envolvimento de policiais na cobrança de propinas.
"É tudo balela. Não há a menor chance de isso acontecer no meu batalhão."
O comandante do Regimento de Polícia Montada, tenente-coronel Carlos Alberto Soares, diz desconhecer as denúncias. "Toda vez que chega alguma denúncia contra policiais da nossa unidade, nós apuramos."
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Denúncias recebidas pela Corregedoria Geral Unificada do governo do Estado do Rio acusam policiais militares do 20º Batalhão (Mesquita, Baixada Fluminense) e do RPMont (Regimento de Polícia Montada) de cobrar propina de motoristas para a liberação de veículos irregulares.
Segundo agentes da Corregedoria --vinculada à Secretaria Estadual de Direitos Humanos--, o suposto esquema de corrupção nas duas unidades é parecido com o descoberto no último final de semana no 15º Batalhão (Duque de Caxias, Baixada Fluminense).
Anteontem, o comandante do 15º Batalhão, tenente-coronel Hiran de Carvalho, e o subcomandante, tenente-coronel Jaime Teodoro dos Santos, foram afastados de seus cargos. Os dois comandariam um esquema de recebimento de propinas de motoristas de vans, em troca de anistia de multas para os que trafegavam com veículos irregulares.
O secretário de Segurança, Anthony Garotinho, admite que pode mudar a cúpula das polícias devido às acusações de envolvimento de policiais com crimes.
Segundo denúncias encaminhadas à Corregedoria Unificada do Rio, motoristas de cooperativas de vans, em Campo Grande (zona oeste do Rio), pagavam, semanalmente, R$ 500 a oficiais do Regimento de Polícia Montada para liberar veículos irregulares.
O esquema começaria no setor de planejamento. O motorista entregava a documentação do veículo a um oficial. Se fosse constatada irregularidade, o caso era remetido ao subcomandante, que, para liberar o veículo, cobrava propina, segundo denúncias.
No caso do 20º Batalhão, os motoristas afirmaram haver policiais que cobravam propinas para liberar veículos abordados durante blitze. Para carros e táxis irregulares os policiais exigiriam de R$ 2 a R$ 5; para vans, até R$ 10; no caso de caminhões, R$ 50.
A corregedoria não divulgou os nomes dos policiais acusados.
Agentes da Corregedoria Geral Unificada afirmaram à Folha que não deram seqüências às investigações por falta de efetivo.
Segundo eles, a equipe operacional do órgão só dispõe, por dia, de dois policiais para atuarem na rua. As duas investigações foram repassadas para a Corregedoria da PM (Polícia Militar).
O corregedor-geral, delegado José Vercillo Filho, negou que o órgão esteja repassando as investigações por falta de efetivo. A corregedoria apura crimes cometidos por PMs, policiais civis e bombeiros.
Outro lado
O comandante do 20º Batalhão da Polícia Militar, coronel Francisco D'Ambrósio, negou as acusações de envolvimento de policiais na cobrança de propinas.
"É tudo balela. Não há a menor chance de isso acontecer no meu batalhão."
O comandante do Regimento de Polícia Montada, tenente-coronel Carlos Alberto Soares, diz desconhecer as denúncias. "Toda vez que chega alguma denúncia contra policiais da nossa unidade, nós apuramos."
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