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12/09/2000 - 03h45

Policiamento de trânsito será duplicado em Ribeirão

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da Folha Ribeirão

O policiamento de trânsito de Ribeirão vai praticamente dobrar o seu efetivo a partir detsa terça (12), quando recebe mais 30 policiais.

"Nós temos 54 homens, mas, nas ruas, são apenas 36. O efetivo vai praticamente dobrar e teremos como fazer um serviço melhor", afirmou o comandante do pelotão de trânsito, Wagner Aparecido Baratta.
Além disso, a polícia vai receber 13 veículos -dez motos, um Ipanema e dois Gols.

Os bloqueios policiais também vão ser intensificados. "Quanto mais bloqueios fazemos, mais se reduz o número de acidentes."

A polícia alega que as mortes no trânsito -na cidade- não ocorrem por falta de sinalização, como diz o urbanista Evandro Cardoso.

De acordo com Baratta, as mortes ocorrem pelo desrespeito às sinalizações. "Agora que a cidade foi recapeada, a sinalização vai ficar melhor", disse.

O comandante da Polícia Rodoviária Wanderley de Arruda disse que os acidentes em rodovias tiveram redução após 1997 por causa do respeito dos motoristas pelo código de trânsito.

São José dos Campos

Para a pesquisadora da USP (Universidade de São Paulo), Maria Helena Prado de Mello Jorge, as causas de acidente em São José Campos, com o segundo maior coeficiente de mortos vítimas do trânsito, podem ser explicadas pelas rodovias estaduais e federais que cortam o município.

Segundo a pesquisadora, a cidade possui um diferencial em relação a outros municípios do Estado porque tem a via Dutra como uma "avenida".

Maria Helena cita como exemplo o percentual de mortes por atropelamentos.
"Se você buscar as causas de mortes em São José vai ver que a maioria é por atropelamento", disse.

Para o professor da área de psicologia de transportes da USP José Aparecido da Silva, os acidentes no interior de São Paulo são causados principalmente pelo abuso dos motoristas.

Segundo Silva, o trânsito menos intenso fora da capital estimula o aumento da velocidade nas vias públicas.

Silva disse que 90% dos acidentes são causados por desatenção dos motoristas e somente 6% estariam relacionados à falta de estrutura em ruas. Outros 4% são provocados por defeitos nos veículos.

"No interior, o motorista é mais negligente e abusa. O problema não está nas vias ou nas leis, mas na educação no trânsito", disse.

Para o secretário de Transportes do município, Eduardo Cury, as rodovias são responsáveis pelo índice apresentado pelo levantamento do Seade.

Cury disse que o número de mortes no trânsito dentro dos limites da cidade caiu no ano passado e no anterior. A maioria dos casos, disse, ocorre nos finais de semana.

Segundo levantamento da Prefeitura de São José dos Campos, foram cem mortes em 1997, antes da implantação dos fiscais municipais de trânsito, e 74 em 1998 e no ano passado.

"Isso é uma vitória. Agora, vamos estamos atacando pontos críticos, de maior velocidade", disse.

Para Cury, o levantamento do Seade, ao levar em consideração o local de domicílio da vítima e não o local onde ela morreu, não estaria revelando a diminuição das mortes nas regiões centrais.

Segundo o pesquisador Luiz Ortiz, que coordenou o trabalho, essa é uma recomendação da ONU para evitar distorções.

Para Ortiz, a tendência é as vítimas morrerem em cidades onde há infra-estrutura hospitalar, para onde são levados em caso de acidentes.

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