Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
18/08/2004 - 04h32

Cai número de roubos nas estações de metrô de São Paulo

Publicidade

LUÍSA BRITO
free-lance para a Folha de S.Paulo

O número médio de assaltos registrados contra passageiros do metrô em São Paulo caiu 28,7% nos sete primeiros meses deste ano em relação ao ano passado.

A queda de ocorrências se deve a implantação de medidas de segurança, como o uso de detectores de metal em estações do metrô. Desde que o equipamento foi instalado, no mês de abril, a média mensal de furtos, roubos e tentativas de roubo a usuários caiu de 202, registrado em 2003, para 144, total verificado até julho deste ano. A quantidade de prisões feitas nas estações também foi reduzida de 66, em 2003, para 24, em 2004. Diariamente, cerca de 2,5 milhões de pessoas circulam pelo metrô de São Paulo.

O detector é composto por três portais instalados antes da catraca, o que torna obrigatória a passagem pelo equipamento. O dispositivo é regulado para identificar metais pesados, como facas e revólveres, não sinalizando a presença de elementos pequenos, como moedas e chaves, o que poderia atrasar o embarque. Nenhuma arma foi encontrada até agora.
Oito guardas se revezam na monitoração do aparelho. Um deles fica com um detector manual.

Uso rotativo

O uso do equipamento é rotativo e se destina às estações nas quais há registro de assaltos. Nesta semana, o detector está na estação Santa Cruz, linha 1-azul do metrô, por onde passam diariamente uma média de 55 mil usuários. Os detectores já estiveram nas estações Marechal Deodoro, Trianon e Saúde. Ainda não foi definida a próxima estação.

O dispositivo fica ligado das 10h às 16h30, horário que coincide com o atendimento bancário (das 10h às 16h). Segundo o metrô, o intervalo foi escolhido porque muitos passageiros assaltados haviam acabado de sacar dinheiro e eram seguidos até a estação. As principais vítimas dos assaltantes são mulheres entre 18 e 25 anos e idosos desacompanhados.

Alguns usuários elogiaram o uso dos detectores. "Acredito que pode ser uma boa medida porque evita a entrada de ladrões. Nunca fui roubado no metrô, mas meu irmão já viu um homem sendo assaltado ao lado dele", afirma o engenheiro Sérgio Azem, 41.

Outros se mostraram descrentes na eficiência da medida. "Na porta dos bancos existem esses detectores que acusam até dente de ouro, mas nem por isso as agências deixaram de ser assaltadas", diz a tecelã Cida Escobar, 56.

Também é adotada a presença de agentes de segurança à paisana nas estações e nos trens.

A diretoria do metrô espera conseguir até o final do ano a liberação de uma verba de R$ 4 milhões, pedida ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que será usada para a construção do Centro de Controle de Segurança e blindagem das 196 bilheterias.

Prisão

Anteontem, agentes da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) prenderam um homem acusado de seis roubos a estações no último mês --totalizando R$ 1.680,40. Em todos os roubos, a imagem dele foi captada pelas câmeras do circuito interno.

No primeiro semestre, a CPTM registrou 69 casos de roubos e furtos contra passageiros e funcionários dos trens.

Especial
  • Arquivo: veja o que já foi publicado sobre assaltos em estações do metrô
  • Arquivo: veja o que já foi publicado sobre detectores de metal
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página