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25/08/2004 - 19h45

Suzane Richthofen muda de presídio após rebelião em São Paulo

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LÍVIA MARRA
Editora de Cotidiano da Folha Online

Suzane Richthofen, acusada pela morte dos pais, Manfred e Marísia, em outubro de 2002, foi transferida nesta quarta-feira da Penitenciária Feminina da Capital, no Carandiru, zona norte de São Paulo. A transferência ocorreu após uma rebelião ocorrida na unidade --o motim começou na tarde de terça-feira e terminou na manhã desta quarta.

A Secretaria da Administração Penitenciária não confirmou para qual penitenciária Suzane foi levada. No entanto, afirma que outras oito detentas também haviam sido transferidas até o início da noite desta quarta-feira.

As rebeladas queriam a transferência de 30 presas. A penitenciária abriga 681 presas e têm capacidade para 450, segundo a secretaria.

Rebelião

O motim começou na tarde de terça-feira, após o plano de matar duas detentas rivais fracassar. Uma delas era Aurinete Félix da Silva, a Netinha, mulher do preso César Augusto Roriz Silva, o Césinha, fundador do PCC (Primeiro Comando da Capital) e excluído da facção. O casal teria se integrado ao grupo rival TCC (Terceiro Comando da Capital).

A ordem para matar Netinha teria partido de presos da Penitenciária do Estado, vizinha à Penitenciária Feminina. O plano não deu certo e iniciou-se a rebelião. Netinha foi levada para outro presídio.

Uma das presas, Quitéria Silva Santos, 35, foi morta a facadas. Ela havia sido condenada a 11 anos e dez meses de detenção por homicídio.

Reféns

O motim terminou com a libertação das oito reféns, na manhã desta quarta-feira --outras três haviam sido libertadas na terça. Ao menos três funcionárias que estavam nas mãos das rebeladas sofreram escoriações.

Entre as reféns estavam funcionárias e outras presas. Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária, Suzane Richthofen não estava entre as reféns.

As detentas estavam armadas com bisturis, tesouras e facas. As amotinadas invadiram, durante a madrugada desta quarta-feira, a enfermaria, e teriam ingerido álcool. Elas também montaram barricadas com mesas, cadeiras e colchões, e atearam fogo.

"Existe uma maior degeneração do sistema penitenciário feminino, com contágio das facções criminosas. O crime organizado está cada vez mais presente nos presídios femininos --esse caso é uma evidência", disse Ariel de Castro Alves, coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos em São Paulo.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre rebelião de presos
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