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28/08/2004 - 04h14

Ministério Público gaúcho tenta tirar site racista argentino do ar

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LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre

O Ministério Público gaúcho, com o apoio do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, está tentando tirar do ar o site racista e anti-semita argentino Valhalla após pedido do Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra e da Federação Israelita do Rio Grande do Sul.

Sob sigilo e com pedido formal de ajuda à Interpol (polícia internacional), o rastreamento está se utilizando do mesmo método que costuma ser usado para desvendar casos de pedofilia na internet.

"Não queremos passar ainda detalhes das investigações porque de certa forma isso pode prejudicá-las. Mas sabemos que o responsável pelo site é argentino e cliente da Telefônica da Argentina", declarou o promotor Renoir Cunha, da Promotoria Estadual de Direitos Humanos e Cidadania do Rio Grande do Sul.

"Também estamos fazendo um estudo aprofundado da legislação argentina para sabermos como proibir esse site, como eles podem nos ajudar. Será solicitado um pedido oficial, possivelmente por parte do Ministério das Relações Exteriores. O caso é grave. O Valhalla prega contra judeus e negros, é uma referência do neonazismo na América Latina."

O site define-se abertamente como nacional-socialista e utiliza até mesmo a expressão "Heil Hitler", saudação em alemão ao líder nazista Adolph Hitler quando ele era o premier da Alemanha e provocou o Holocausto e a Segunda Guerra Mundial.

Bloqueio de acesso

Cunha disse que o bloqueio do site é uma forma de tentar diminuir a possibilidade de serem fomentados crimes que podem ter influência de apologias racistas. Não se referiu especificamente às recentes mortes de moradores de rua em São Paulo.

Uma primeira medida prática foi a adesão de provedores gaúchos de acesso à internet, que, após uma reunião, assinaram um termo de compromisso para bloquear o site --todos os provedores do Estado estão sendo notificados do acordo.

"Pretendemos ter a adesão de todos os provedores gaúchos em breve. Nosso próximo passo será pedir a adesão dos provedores em nível nacional.

Desse jeito, pelo menos, estaremos bloqueando o site no Brasil", disse o promotor.

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