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30/08/2004
-
19h53
da Folha Online
O delegado geral-adjunto da Polícia Civil de São Paulo, Luiz Carlos dos Santos, afirmou nesta segunda-feira que "há indícios sobre a participação da GCM (Guarda Civil Metropolitana)" nos ataques aos moradores de rua da região central da capital, no último dia 19.
Entre 19 e 22 de agosto, 16 moradores de rua foram espancados com golpes na cabeça. Seis morreram e oito deles permanecem internados --cinco em estado grave.
O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) recebeu nesta segunda, da Prefeitura de São Paulo, 134 fotos de GCMs que trabalharam na madrugada dos primeiros ataques. "A polícia recebeu fotos, endereços e escalas dos guardas", afirmou o delegado.
Santos esteve reunido com quatro deputados da Comissão Externa da Câmara, criada para acompanhar o caso. Ele disse que não há um prazo para o esclarecimento do caso e que a Polícia Civil já tem pistas, mas não irá divulgá-las para não prejudicar as investigações.
Polícia Federal
Sobre a possível colaboração da Polícia Federal no caso, o delegado disse que não acha necessário. "A partir do momento em que tivermos a necessidade de colaboração, não teremos dúvida em pedir, mas não é o momento para a entrada da Polícia Federal", disse.
O secretário municipal de Segurança Urbana de São Paulo, Benedito Mariano, entregou um ofício ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para que a Polícia Federal participe das investigações da chacina.
Relatos
A Polícia Civil informou que os moradores de rua que sobreviveram aos ataques no centro de São Paulo e que já prestaram informações aos investigadores disseram espontaneamente terem sido agredidos por homens vestidos com o uniforme da Guarda Civil Metropolitana. A Prefeitura de São Paulo, porém, a quem a GCM é subordinada, diz que houve direcionamento dos relatos.
O relato conhecido e contestado é o do paciente José Manuel da Cruz, 49, internado no Hospital Municipal Ermelino Matarazzo. Na sexta-feira, o DHPP ouviu dois funcionários do hospital, que acompanharam o depoimento de Cruz. Segundo o DHPP, os funcionários não falaram nada sobre uma possível indução.
Segundo a polícia, mesmo com os testemunhos envolvendo a GCM no caso, as investigações não excluem a hipótese de o agressor ser um skinhead ou alguém a serviço de comerciantes da região.
Com Folha de S.Paulo
Especial
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Polícia afirma que há indícios de envolvimento da GCM nos ataques em SP
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O delegado geral-adjunto da Polícia Civil de São Paulo, Luiz Carlos dos Santos, afirmou nesta segunda-feira que "há indícios sobre a participação da GCM (Guarda Civil Metropolitana)" nos ataques aos moradores de rua da região central da capital, no último dia 19.
Entre 19 e 22 de agosto, 16 moradores de rua foram espancados com golpes na cabeça. Seis morreram e oito deles permanecem internados --cinco em estado grave.
O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) recebeu nesta segunda, da Prefeitura de São Paulo, 134 fotos de GCMs que trabalharam na madrugada dos primeiros ataques. "A polícia recebeu fotos, endereços e escalas dos guardas", afirmou o delegado.
Santos esteve reunido com quatro deputados da Comissão Externa da Câmara, criada para acompanhar o caso. Ele disse que não há um prazo para o esclarecimento do caso e que a Polícia Civil já tem pistas, mas não irá divulgá-las para não prejudicar as investigações.
Polícia Federal
Sobre a possível colaboração da Polícia Federal no caso, o delegado disse que não acha necessário. "A partir do momento em que tivermos a necessidade de colaboração, não teremos dúvida em pedir, mas não é o momento para a entrada da Polícia Federal", disse.
O secretário municipal de Segurança Urbana de São Paulo, Benedito Mariano, entregou um ofício ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para que a Polícia Federal participe das investigações da chacina.
Relatos
A Polícia Civil informou que os moradores de rua que sobreviveram aos ataques no centro de São Paulo e que já prestaram informações aos investigadores disseram espontaneamente terem sido agredidos por homens vestidos com o uniforme da Guarda Civil Metropolitana. A Prefeitura de São Paulo, porém, a quem a GCM é subordinada, diz que houve direcionamento dos relatos.
O relato conhecido e contestado é o do paciente José Manuel da Cruz, 49, internado no Hospital Municipal Ermelino Matarazzo. Na sexta-feira, o DHPP ouviu dois funcionários do hospital, que acompanharam o depoimento de Cruz. Segundo o DHPP, os funcionários não falaram nada sobre uma possível indução.
Segundo a polícia, mesmo com os testemunhos envolvendo a GCM no caso, as investigações não excluem a hipótese de o agressor ser um skinhead ou alguém a serviço de comerciantes da região.
Com Folha de S.Paulo
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