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31/08/2004
-
08h01
da Folha de S.Paulo
Um policial militar foi preso em flagrante no domingo sob a acusação de matar com um tiro na cabeça Thomas Schwarzenberg Vicente, 19, estudante de jornalismo da Universidade Mackenzie.
Segundo o avô da vítima, Orlando Vicente, o neto e mais dois amigos --um rapaz e uma garota-- estavam em um Gol em um dos túneis da rodovia Imigrantes, no sentido São Paulo, por volta das 16h, quando, na pista dupla da estrada, começaram a "dançar" com o carro --alternando entre as pistas-- e acabaram por bater o retrovisor do carro no Tempra do policial.
De acordo com Vicente, o neto acelerou para sair do túnel e foi perseguido pelo policial, que logo ao sair fez alguns disparos.
"Thomas ficou assustado e correu, mas, como o carro do policial era mais potente, deu a volta e fechou o carro [do estudante]. Ele tentou dar marcha ré, porque o carro estava fechado, mas o sujeito atirou."
O policial estava à paisana e acompanhado por duas mulheres, segundo os dois amigos da vítima disseram ao avô.
Prisão
A Secretaria de Segurança Pública afirmou que o policial militar foi preso pela Polícia Rodoviária Militar e autuado por homicídio doloso (com intenção de matar). Ainda segundo a secretaria, o policial estava fora de serviço e foi levado ao Presídio Militar Romão Gomes.
A Folha não divulga o nome do acusado porque a secretaria não informou se o policial já tem advogado e não revelou o conteúdo do depoimento prestado à polícia.
"Era um menino bom, um garoto como qualquer outro de sua idade, que às vezes gostava de estudar, às vezes não. Um garoto que gostava de se divertir muito, gostava de sair. Acho que o perfil dele não era diferente de nenhum garoto de 19 ou 20 anos que acabou de entrar na faculdade. Era um garoto alegre. Isso se vê pelas pessoas que estão aqui", disse Vanderlei Dias de Souza, chefe do departamento do curso de jornalismo da Universidade Mackenzie, durante o velório de Vicente no Cemitério do Morumby.
"A faculdade lamenta o ocorrido. A gente tem que acreditar que algo vai acontecer. Existem bons policiais", completou.
Vicente e os dois estudantes que o acompanhavam passaram o final de semana em Santos (SP). Na hora do crime, estavam voltando para São Paulo, onde moram. Vicente cursava o segundo ano da faculdade. Ele foi enterrado segunda-feira, às 17h.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre mortes atribuídas à polícia
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Um policial militar foi preso em flagrante no domingo sob a acusação de matar com um tiro na cabeça Thomas Schwarzenberg Vicente, 19, estudante de jornalismo da Universidade Mackenzie.
Segundo o avô da vítima, Orlando Vicente, o neto e mais dois amigos --um rapaz e uma garota-- estavam em um Gol em um dos túneis da rodovia Imigrantes, no sentido São Paulo, por volta das 16h, quando, na pista dupla da estrada, começaram a "dançar" com o carro --alternando entre as pistas-- e acabaram por bater o retrovisor do carro no Tempra do policial.
De acordo com Vicente, o neto acelerou para sair do túnel e foi perseguido pelo policial, que logo ao sair fez alguns disparos.
"Thomas ficou assustado e correu, mas, como o carro do policial era mais potente, deu a volta e fechou o carro [do estudante]. Ele tentou dar marcha ré, porque o carro estava fechado, mas o sujeito atirou."
O policial estava à paisana e acompanhado por duas mulheres, segundo os dois amigos da vítima disseram ao avô.
Prisão
A Secretaria de Segurança Pública afirmou que o policial militar foi preso pela Polícia Rodoviária Militar e autuado por homicídio doloso (com intenção de matar). Ainda segundo a secretaria, o policial estava fora de serviço e foi levado ao Presídio Militar Romão Gomes.
A Folha não divulga o nome do acusado porque a secretaria não informou se o policial já tem advogado e não revelou o conteúdo do depoimento prestado à polícia.
"Era um menino bom, um garoto como qualquer outro de sua idade, que às vezes gostava de estudar, às vezes não. Um garoto que gostava de se divertir muito, gostava de sair. Acho que o perfil dele não era diferente de nenhum garoto de 19 ou 20 anos que acabou de entrar na faculdade. Era um garoto alegre. Isso se vê pelas pessoas que estão aqui", disse Vanderlei Dias de Souza, chefe do departamento do curso de jornalismo da Universidade Mackenzie, durante o velório de Vicente no Cemitério do Morumby.
"A faculdade lamenta o ocorrido. A gente tem que acreditar que algo vai acontecer. Existem bons policiais", completou.
Vicente e os dois estudantes que o acompanhavam passaram o final de semana em Santos (SP). Na hora do crime, estavam voltando para São Paulo, onde moram. Vicente cursava o segundo ano da faculdade. Ele foi enterrado segunda-feira, às 17h.
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