Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
31/08/2004 - 08h42

Tradução difícil entrava defesa de brasileiro na Indonésia

Publicidade

da Agência Folha, em Curitiba
da Folha Online

A família de Rodrigo Gularte, 32, enfrenta dificuldades no idioma para apressar a defesa do surfista brasileiro preso na Indonésia há um mês sob acusação de tráfico internacional de drogas.

A previsão é que o caso vá a julgamento em cinco meses, segundo o irmão dele, Cassio Gularte. O surfista corre o risco de ser condenado à morte, pena máxima para casos de tráfico naquele país.


Reuters
Pranchas onde a cocaína estaria escondida
Os documentos de Gularte estão sendo traduzidos para o inglês, para então receber tradução para o bahasa indonésio (a língua oficial). "No Brasil não tem quem faça esse serviço", disse o irmão.

O surfista foi preso em Jacarta, a capital do país, em 31 de julho. Os policiais encontraram 6 kg de cocaína em oito pranchas de surfe.

Desde o dia 15 deste mês, o surfista tem recebido a visita diária da mãe, Clarisse, e de uma sobrinha dela, Angelita Muxselfdt. O primo e advogado da família, César Augusto de Carvalho, disse que as visitas são de uma hora e há sempre um policial por perto.

Extradição

Clarisse Gularte deve voltar ao Brasil até o final desta semana, para só então decidir com a família a estratégia da defesa do filho. Os parentes não confirmam, mas a idéia seria abandonar a tese de extradição, mais demorada por envolver os ministérios da Justiça e a diplomacia dos dois países.

A hipótese mais provável é entregar o caso a um advogado indonésio. Ele tentará provar que Rodrigo Gularte é inocente da acusação de tráfico internacional. Uma pena branda seria cumprida pelo rapaz na própria Indonésia.

Para condenados por tráfico internacional, a legislação indonésia prevê morte por fuzilamento como pena máxima.

Itamaraty

A linha sobre abandonar a idéia de extradição tem a simpatia do Itamaraty. Quando o surfista foi preso, a assessoria de imprensa do órgão disse que, no caso do instrutor de vôo livre brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 42, a orientação da defesa foi para manter a diplomacia afastada para evitar interpretações de interferência política do Brasil.

Em junho, Moreira foi condenado à morte por fuzilamento e seu advogado está recorrendo. Moreira também tentou entrar na Indonésia com cocaína.

O Itamaraty informou que a Indonésia executou o primeiro estrangeiro por tráfico internacional de drogas. Era um indiano detido com uma quantidade menor de droga do que o surfista Gularte.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a prisão de Rodrigo Gularte
  • Leia o que já foi publicado sobre Marco Archer Moreira
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página