Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
13/09/2000 - 17h56

Batista e católico são acusados de discriminação religiosa na BA

Publicidade

MARCOS VITA
da Agência Folha, em Salvador

Um bispo batista e um padre católico estão sendo investigados pelo Ministério Público da Bahia sob acusação de discriminação contra o candomblé.

O padre francês Domenique Mathon, da paróquia de Nossa Senhora das Dores, no Lobato (subúrbio de Salvador), declarou à imprensa baiana que o candomblé é "demoníaco". O padre estava criticando a visita de bispos católicos negros ao terreiro de candomblé Illê Axé Opô Afonjá, um dos mais tradicionais da Bahia, no ano passado.

Já o bispo batista Átila Brandão estaria se utilizando de um programa independente na TV Aratu _retransmissora do SBT na Bahia_ para depreciar o culto africano.

Ao exibir cenas dos rituais, ele fala que o candomblé e a umbanda são "religiões do diabo" e chama os pais-de-santo de "pais-de-chiqueiros".

Os dois casos estão na Promotoria Especial de Combate ao Racismo do Ministério Público Estadual. "Vamos reunir todas as denúncias de discriminação religiosa e ajuizar todas juntas", afirmou o promotor Lidivaldo Raimundo Britto.

A reportagem não conseguiu conversar com Brandão e Mathon hoje à tarde para que comentassem a ação do Ministério Público.

Em depoimento à promotoria em outubro de 99, Mathon disse que foi "mal-entendido" e que não quis "ofender" o candomblé.

Outro caso que está sendo investigado pelo promotor é a suposta invasão de dois pastores evangélicos a um terreiro de candomblé de Salvador pregando contra o culto.

O crime de discriminação racial e religiosa está previsto na lei 7.716, de 1989. A punição varia de 1 a 5 anos de prisão.

Leia mais notícias de cotidiano na Folha Online
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página