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09/09/2004
-
08h23
da Folha de S.Paulo
"A comercialização de anabolizantes aplicados em animais, como o utilizado por jovens de Goiás, não tem controle adequado por parte do governo", afirmou o professor de educação física Alexandre Pagnani, presidente da Associação Brasileira de Estudos e Combate ao Doping.
Dois jovens, de 15 e 21 anos, de Padre Bernardo, cidade goiana que a fica a 120 km de Brasília, estão internados na UTI do Hospital de Base de Brasília, em coma, após tentar "inflar" os músculos ao tomar doses de um combinado para uso animal de anabolizante e complemento vitamínico.
"Esses produtos contêm as mesmas substâncias dos aplicados em humanos, mas em doses muito maiores, e são adquiridos sem dificuldade em lojas de produtos veterinários", afirmou. "Não há parceria, no controle, entre os ministérios da Agricultura e da Saúde."
A Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), órgão do Ministério da Saúde, não comentou a afirmação. O Ministério da Agricultura disse que apenas em eqüinos é permitido o uso de anabolizantes.
Os esteróides anabolizantes são hormônios que aumentam a massa muscular cuja aplicação só é permitida, em humanos, para tratar algumas doenças, como distúrbios endocrinológicos e câncer, por exemplo, e em baixíssimas doses. "O uso de esteróides anabolizante para aumento de massa muscular é um crime", disse Bernardino Santi, especialista em controle de doping.
"O Estigor, de uso animal, possivelmente aplicado pelos jovens, tem como principal componente um anabolizante chamado nandrolona, que freqüentemente aparece em casos de doping de esportistas", afirmou Renata Castro, especialista em medicina do esporte.
Já o ADE, também usado pelos jovens, é um complexo vitamínico que pode causar necrose do músculo se mal aplicado. Pagnani contabilizou pelo menos 30 casos recentes de graves seqüelas decorrentes da má aplicação do ADE. Desde 1998, há pelo menos quatro mortes documentadas no país relacionadas aos anabolizantes. A associação prepara uma campanha contra o uso dessas substâncias.
De acordo com Santi, os esteróides anabolizantes levam a alterações cardiológicas, hepáticas e endocrinológicas --quadros que podem matar.
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Dois jovens, de 15 e 21 anos, de Padre Bernardo, cidade goiana que a fica a 120 km de Brasília, estão internados na UTI do Hospital de Base de Brasília, em coma, após tentar "inflar" os músculos ao tomar doses de um combinado para uso animal de anabolizante e complemento vitamínico.
"Esses produtos contêm as mesmas substâncias dos aplicados em humanos, mas em doses muito maiores, e são adquiridos sem dificuldade em lojas de produtos veterinários", afirmou. "Não há parceria, no controle, entre os ministérios da Agricultura e da Saúde."
A Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), órgão do Ministério da Saúde, não comentou a afirmação. O Ministério da Agricultura disse que apenas em eqüinos é permitido o uso de anabolizantes.
Os esteróides anabolizantes são hormônios que aumentam a massa muscular cuja aplicação só é permitida, em humanos, para tratar algumas doenças, como distúrbios endocrinológicos e câncer, por exemplo, e em baixíssimas doses. "O uso de esteróides anabolizante para aumento de massa muscular é um crime", disse Bernardino Santi, especialista em controle de doping.
"O Estigor, de uso animal, possivelmente aplicado pelos jovens, tem como principal componente um anabolizante chamado nandrolona, que freqüentemente aparece em casos de doping de esportistas", afirmou Renata Castro, especialista em medicina do esporte.
Já o ADE, também usado pelos jovens, é um complexo vitamínico que pode causar necrose do músculo se mal aplicado. Pagnani contabilizou pelo menos 30 casos recentes de graves seqüelas decorrentes da má aplicação do ADE. Desde 1998, há pelo menos quatro mortes documentadas no país relacionadas aos anabolizantes. A associação prepara uma campanha contra o uso dessas substâncias.
De acordo com Santi, os esteróides anabolizantes levam a alterações cardiológicas, hepáticas e endocrinológicas --quadros que podem matar.
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