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24/09/2004
-
19h30
LÍVIA MARRA
Editora de Cotidiano da Folha Online
O juiz do 1º Tribunal do Júri, Rui Porto Dias, prorrogou por mais dez dias o período da prisão temporária do segurança Manoel Alves Tenório, suspeito de envolvimento nos ataques contra moradores de rua ocorridos no centro da cidade em agosto.
A Justiça já havia decretado a prisão do suspeito, também por dez dias, no último dia 16. Além de Tenório, dois policiais militares também estão presos desde o dia 16, quando tiveram a prisão decretada por 30 dias.
Um quarto suspeito de envolvimento nos crimes --também um segurança-- foi preso nesta sexta-feira. Ele também teve a prisão temporária decretada pela Justiça.
Suspeitos
Ataques ocorridos nos dias 19 e 22 de agosto causaram as mortes de sete moradores de rua da região central da cidade.
Na última terça-feira (21), o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) interrogou o segurança Manoel Alves Tenório. Ele negou envolvimento no caso.
Os soldados Marcos Martins Garcia e Jayner Aurélio Porfírio foram ouvidos na Corregedoria da Polícia Militar. O delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira preferiu ouvir os suspeitos em declarações, para traçar um perfil dos policiais, antes de realizar o interrogatório formal.
O delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira preferiu ouvir Garcia em declarações, para traçar um perfil do suspeito, antes de realizar o interrogatório formal.
Investigação
Na semana passada, o secretário da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, atribuiu os ataques ao tráfico de crack na região central. Os PMs suspeitos seriam comandantes de um esquema de segurança clandestina e teriam envolvimento com drogas.
Há suspeitas de que os alvos dos criminosos eram alguns moradores de rua que sabiam do envolvimento dos PMs com as drogas, e o objetivo seria cobrança de dívidas ligadas ao tráfico ou "queima de arquivo". No entanto, para atrasar as investigações, outros moradores de rua da região também foram agredidos.
A Polícia Federal de São Paulo vai apurar a atuação de empresas de segurança privada na região central de São Paulo, a pedido da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
Para o chefe da Ouvidoria da Cidadania --órgão da secretaria--, Pedro Montenegro, as investigações podem colaborar para desvendar os crimes cometidos contra moradores de rua da cidade e apurar a suposta participação de policiais em empresas de segurança privada.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre violência contra moradores de rua
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Saiba mais sobre os ataques contra moradores de rua em SP
Justiça prorroga prisão de suspeito por ataques contra sem-teto
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Editora de Cotidiano da Folha Online
O juiz do 1º Tribunal do Júri, Rui Porto Dias, prorrogou por mais dez dias o período da prisão temporária do segurança Manoel Alves Tenório, suspeito de envolvimento nos ataques contra moradores de rua ocorridos no centro da cidade em agosto.
A Justiça já havia decretado a prisão do suspeito, também por dez dias, no último dia 16. Além de Tenório, dois policiais militares também estão presos desde o dia 16, quando tiveram a prisão decretada por 30 dias.
Um quarto suspeito de envolvimento nos crimes --também um segurança-- foi preso nesta sexta-feira. Ele também teve a prisão temporária decretada pela Justiça.
Suspeitos
Ataques ocorridos nos dias 19 e 22 de agosto causaram as mortes de sete moradores de rua da região central da cidade.
Na última terça-feira (21), o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) interrogou o segurança Manoel Alves Tenório. Ele negou envolvimento no caso.
Os soldados Marcos Martins Garcia e Jayner Aurélio Porfírio foram ouvidos na Corregedoria da Polícia Militar. O delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira preferiu ouvir os suspeitos em declarações, para traçar um perfil dos policiais, antes de realizar o interrogatório formal.
O delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira preferiu ouvir Garcia em declarações, para traçar um perfil do suspeito, antes de realizar o interrogatório formal.
Investigação
Na semana passada, o secretário da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, atribuiu os ataques ao tráfico de crack na região central. Os PMs suspeitos seriam comandantes de um esquema de segurança clandestina e teriam envolvimento com drogas.
Há suspeitas de que os alvos dos criminosos eram alguns moradores de rua que sabiam do envolvimento dos PMs com as drogas, e o objetivo seria cobrança de dívidas ligadas ao tráfico ou "queima de arquivo". No entanto, para atrasar as investigações, outros moradores de rua da região também foram agredidos.
A Polícia Federal de São Paulo vai apurar a atuação de empresas de segurança privada na região central de São Paulo, a pedido da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
Para o chefe da Ouvidoria da Cidadania --órgão da secretaria--, Pedro Montenegro, as investigações podem colaborar para desvendar os crimes cometidos contra moradores de rua da cidade e apurar a suposta participação de policiais em empresas de segurança privada.
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