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24/09/2004
-
19h42
LÍVIA MARRA
Editora de Cotidiano da Folha Online
A polícia prendeu nesta sexta-feira o quarto suspeito de envolvimento nos ataques ocorridos em agosto contra moradores de rua da região central de São Paulo. O suspeito --um segurança-- teve a prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça.
Além dele, outro segurança e dois policiais militares estão presos desde o último dia 16, quando tiveram as prisões temporárias também decretadas.
Ataques ocorridos nos dias 19 e 22 de agosto causaram as mortes de sete moradores de rua da região central da cidade. As vítimas foram golpeadas na cabeça.
Quarto suspeito
O quarto suspeito de envolvimento nos ataques foi preso na região central da cidade. Ele é proprietário de um Opala preto, carro do mesmo modelo do citado por testemunhas dos ataques.
A reportagem apurou que o suspeito tem antecedentes criminais por porte ilegal de armas.
Depoimentos
O juiz do 1º Tribunal do Júri, Rui Porto Dias, prorrogou nesta sexta-feira, por mais dez dias, o período da prisão temporária do segurança Manoel Alves Tenório, preso desde o último dia 16 --quando teve a prisão temporária decretada por dez dias.
Os soldados Marcos Martins Garcia e Jayner Aurélio Porfírio também estão presos desde o dia 16, quando tiveram a prisão temporária decretada por 30 dias.
Na última terça-feira (21), o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) interrogou Tenório. Ele negou envolvimento no caso.
Os soldados foram ouvidos na Corregedoria da Polícia Militar. O delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira preferiu ouvir os suspeitos em declarações, para traçar um perfil dos policiais, antes de realizar o interrogatório formal.
Investigação
Na semana passada, o secretário da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, atribuiu os ataques ao tráfico de crack na região central. Os PMs suspeitos seriam comandantes de um esquema de segurança clandestina e teriam envolvimento com drogas.
Há suspeitas de que os alvos dos criminosos eram alguns moradores de rua que sabiam do envolvimento dos PMs com as drogas, e o objetivo seria cobrança de dívidas ligadas ao tráfico ou "queima de arquivo". No entanto, para atrasar as investigações, outros moradores de rua da região também foram agredidos.
A Polícia Federal de São Paulo vai apurar a atuação de empresas de segurança privada na região central de São Paulo, a pedido da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
Para o chefe da Ouvidoria da Cidadania --órgão da secretaria--, Pedro Montenegro, as investigações podem colaborar para desvendar os crimes cometidos contra moradores de rua da cidade e apurar a suposta participação de policiais em empresas de segurança privada.
Especial
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Saiba mais sobre os ataques contra moradores de rua em SP
Polícia prende quarto suspeito por ataques contra moradores de rua
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Editora de Cotidiano da Folha Online
A polícia prendeu nesta sexta-feira o quarto suspeito de envolvimento nos ataques ocorridos em agosto contra moradores de rua da região central de São Paulo. O suspeito --um segurança-- teve a prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça.
Além dele, outro segurança e dois policiais militares estão presos desde o último dia 16, quando tiveram as prisões temporárias também decretadas.
Ataques ocorridos nos dias 19 e 22 de agosto causaram as mortes de sete moradores de rua da região central da cidade. As vítimas foram golpeadas na cabeça.
Quarto suspeito
O quarto suspeito de envolvimento nos ataques foi preso na região central da cidade. Ele é proprietário de um Opala preto, carro do mesmo modelo do citado por testemunhas dos ataques.
A reportagem apurou que o suspeito tem antecedentes criminais por porte ilegal de armas.
Depoimentos
O juiz do 1º Tribunal do Júri, Rui Porto Dias, prorrogou nesta sexta-feira, por mais dez dias, o período da prisão temporária do segurança Manoel Alves Tenório, preso desde o último dia 16 --quando teve a prisão temporária decretada por dez dias.
Os soldados Marcos Martins Garcia e Jayner Aurélio Porfírio também estão presos desde o dia 16, quando tiveram a prisão temporária decretada por 30 dias.
Na última terça-feira (21), o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) interrogou Tenório. Ele negou envolvimento no caso.
Os soldados foram ouvidos na Corregedoria da Polícia Militar. O delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira preferiu ouvir os suspeitos em declarações, para traçar um perfil dos policiais, antes de realizar o interrogatório formal.
Investigação
Na semana passada, o secretário da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, atribuiu os ataques ao tráfico de crack na região central. Os PMs suspeitos seriam comandantes de um esquema de segurança clandestina e teriam envolvimento com drogas.
Há suspeitas de que os alvos dos criminosos eram alguns moradores de rua que sabiam do envolvimento dos PMs com as drogas, e o objetivo seria cobrança de dívidas ligadas ao tráfico ou "queima de arquivo". No entanto, para atrasar as investigações, outros moradores de rua da região também foram agredidos.
A Polícia Federal de São Paulo vai apurar a atuação de empresas de segurança privada na região central de São Paulo, a pedido da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
Para o chefe da Ouvidoria da Cidadania --órgão da secretaria--, Pedro Montenegro, as investigações podem colaborar para desvendar os crimes cometidos contra moradores de rua da cidade e apurar a suposta participação de policiais em empresas de segurança privada.
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