Igreja
é contra campanha de prevenção à
Aids
Cristina
Veiga
Equipe GD
Apesar
de mais de meio milhão de brasileiros já terem
sido contaminados pelo vírus da Aids nas últimas
duas décadas, a Igreja Católica parece preferir
que seus fiéis continuem morrendo por causa da doença.
A última da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB) foi se colocar contra a campanha preventiva
ao HIV do Ministério da Saúde para esse Carnaval.
Os bispos católicos acharam que a propaganda debocha
de dois símbolos sagrados do cristianismo: o bem e
o mal.
Tudo isso
porque o filme mostra um diabinho e um anjinho dando conselhos
a um rapaz que aborda uma moça em um baile de Carnaval.
O diabinho incentiva o rapaz a ir em frente. O anjinho lembra-o
que ele esqueceu a camisinha em casa e o detém. Neste
momento, o diabinho concorda com o anjinho e aparece o slogan
de toda a campanha: "Não importa de que lado você
está. Use camisinha". Nos cartazes e outdoors
aparecem, de um lado a camisinha com asas e auréola
de anjo e, de outro, a camisinha com rabo e chifre de diabo.
Apesar
de cientes que o único método preventivo da
doença é a camisinha, a Igreja Católica
insiste: "somos contra porque achamos que usar preservativo
se opõe aos ensinamentos morais", como disse o
secretário-geral da CNBB, Raymundo Damasceno. A prática
do sexo, segundo a doutrina católica, só é
permitida para procriação. Como a camisinha
às vezes também evita a gravidez, os bispos
católicos são contrários a campanha de
prevenção à Aids, mesmo sabendo que ela
é uma doença letal que mata milhões de
pessoas por ano em todo o mundo.
Como a
Aids não tem cura e quem não usa camisinha corre
grande risco de contrair a doença talvez a Igreja Católica
esteja pregando que só um milagre será capaz
de salvar as milhares de pessoas que farão sexo nesse
Carnaval. Deve ser por essas e por outras do mesmo estilo
que as outras Igrejas estão ficando cada dia mais lotadas.
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