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 Dia 22.01.02

     

 

Olhos entreabertos

Parece que agora os poderosos perceberam que não adianta fingir que em casa estão seguros. Demorou, mas aconteceu. Como se pode ver nos noticiários em geral, a violência nas pequenas e grandes cidades não é de hoje. Porém agora, como está chegando muito perto dos mais afortunados e importantes, ficou urgente e intolerável. Talvez se medidas mais severas fossem aplicadas quando os considerados pequenos assaltos aconteciam, a situação não tivesse chegado onde está.

A princípio, a crença era de que, blindando os seus carros, erguendo altos muros em suas residências e condomínios, instalando eficientes sistemas de segurança e contratando boas guardas particulares, tudo estaria resolvido.

Paliativos que não resolvem, apenas colocam enormes vendas nos olhos de quem não quer ver. A verdade é que agora que tudo isso se mostrou inútil, a insegurança e o medo se alastraram entre os que se achavam bem longe desses, que no mínimo, são os sentimentos da grande maioria. E por conseqüência querem ações mais efetivas e satisfatórias no campo da segurança pública.

Mas, o problema é mais complicado do que parece. Mesmo por que não tem como discutir segurança e não falar do sistema carcerário do país, que não reabilita ninguém a voltar para as ruas. E olha que achavam que isso era assunto para utópicos. Isso sem falar no sistema judiciário, com seus entraves burocráticos e leis arcaicas, numa sociedade de poucas oportunidades, com uma polícia mal paga, corrupta e mal aparelhada. E também não esquecendo que o cheiro de impunidade está presente nos ares de uma sociedade que diversas vezes já mostrou que poucos são os ricos, poderosos e importantes que de fato pagam por seus atos ilícitos.

Essas são as inúmeras ramificações que o assunto tem. E muitos foram os especialistas a tratar disso, mas poucos os realmente interessados em ouvir e fazer algo a respeito. Demorou, mas não é tarde. A esperança é que agora algo vá para o papel, ou melhor, que saia dele e esteja nas ruas. Mais perto de todos os que vivem nesse país do que a insegurança que agora é a sombra que espreita na esquina.

Quem sabe não era necessário chegar até aqui para mudar. E que seja para melhor.

Denise Rocha

 

 
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