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FALTA DE VERBA
21/10/2004

Farmácia comunitária pode fechar

LONDRINA (PR) - Sem recursos para poder pagar o salário de um farmacêutico, a Farmácia Comunitária de Londrina corre o risco de fechar as portas. O estabelecimento é administrado pela Organização Não Governamental (ONG) Grupo Asha e distribui, gratuitamente, medicamentos para a comunidade mediante apresentação de receita médica. ''Enfatizamos os produtos não disponíveis nos postos de sa© úde'', afirmou o diretor da farmácia, Edmundo Silva Novais.

Os remédios distribuídos pela entidade são obtidos através da doação de produtos que sobram nas casas das pessoas. A arrecadação é feita por voluntários. O aluguel e as despesas básicas do estabelecimento são custeados com a colaboração de empresários da cidade. ''A nossa maior dificuldade é mesmo o pagamento do farmacêutico. Sem ele, não podemos funcionar'', ressaltou Novais.

Na última Conferência Municipal de Saúde, realizada há cerca de um ano, o diretor da Farmácia Comunitária pleiteou o repasse de uma verba de R$ 1,5 mil mensais para custear o pagamento do salário do funcionário. A proposta foi aprovada, mas, até hoje, a ONG não recebeu o dinheiro. A verba, segundo ele, deveria ser paga pela Secretaria Municipal de Saúde através do Conselho Municipal de Saúde.

A secretária administrativa do Conselho, Márcia Brizola, explicou que a Conferência não tem poder deliberativo, por isso a proposta precisaria ser aprovada pelos conselheiros antes de ser incorporada ao Plano Municipal de Saúde. Ela informou que o diretor da Farmácia apresentou a mesma reivindicação ao Conselho em abril de 2003 (antes da Conferência), mas os conselheiros não aprovaram.

O argumento é que a decisão abriria precedentes para outras entidades pedirem o mesmo tipo de ajuda. ''Isso comprometeria o teto financeiro do SUS (Sistema Único de Saúde) no município'', disse. Após a aprovação na conferência, a discussão voltou ao Conselho de Saúde que, mais uma vez, deu parecer contrário à reivindicação.

Conforme Márcia, a inciativa da farmácia foi considerada válida, mas os conselheiros consideraram que já existe assistência farmácêutica na rede pública.

Diante das negativas, Edmundo Novais apela pela ajuda da comunidade para conseguir mais doações. Com estoque de mais de três mil unidades de medicamento, a farmácia atende 400 usuários por mês. O atendimento é feito das 8 às 12 horas.


CAROLINA AVASINI
da Folha de Londrina

 
 
 

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